domingo, 30 de setembro de 2007

Guerra do Paraguai


Nesse quadro de relativo sucesso socioeconômico e de autonomia internacional, Solano López, cujo governo iniciou-se em 1862, enfatizou a política militar-expansionista, a fim de ampliar o território paraguaio. Pretendia criar o "Paraguai Maior", anexando, para isso, regiões da Argentina, do Uruguai e do Brasil (como Rio Grande do Sul e Mato Grosso). Obteria, dessa forma, acesso ao Atlântico, tido como imprescindível para a continuação do progresso econômico do país.

A expansão econômica paraguaia, contudo, prejudicava os interesses ingleses na região, na medida em que reduzia o mercado consumidor paraguaio para seus produtos. Havia, ainda, a ameaça de que o país eventualmente se transformasse em exportador de manufaturados ou que seu modelo de desenvolvimento autônomo e independente pudesse servir de exemplo para outros países da região. Dessa forma, a Inglaterra tinha sólidos interesses que justificavam estimular e financiar uma guerra contra o Paraguai.

Usando como pretexto a intervenção brasileira no Uruguai e contando com um exército bem mais numeroso que o do oponente brasileiro, Solano López tomou a ofensiva ao romper relações diplomáticas com o Brasil, em 1864. Logo depois, como medida complementar, ordenou o aprisionamento do navio brasileiro Marquês de Olinda, no rio Paraguai, retendo, entre seus passageiros e tripulantes, o presidente da província do Mato Grosso, Carneiro de Campos. A resposta brasileira foi a imediata declaração de guerra ao Paraguai.

Em 1865, mantendo-se na ofensiva, o Paraguai havia invadido o Mato Grosso e o Norte da Argentina, e os governos do Brasil, Argentina e Uruguai criaram a Tríplice Aliança contra Solano López. Apesar de as primeiras vitórias da guerra terem sido paraguaias, o país não pôde resistir a uma guerra prolongada. A população paraguaia era muito menor que a dos países da Tríplice Aliança e, por maior que fosse a competência do exército paraguaio, a ocupação militar dos territórios desses países era fisicamente impossível, enquanto o pequeno Paraguai podia ser facilmente ocupado pelas tropas da Aliança. Finalmente, Brasil, Argentina e Uruguai contavam com o apoio inglês, recebendo empréstimos para equipar e manter poderosos exércitos.
A vitória brasileira do almirante Barroso na batalha de Riachuelo, já em 1865, levou à destruição da frota paraguaia. A partir daí, as forças da Tríplice Aliança passaram a ter a iniciativa na guerra, controlando rios, principais meios de comunicação da bacia platina.
Apesar de todas essas limitações, o Paraguai resistiu a quase cinco anos de guerra, mostrando o grau relativamente alto de desenvolvimento e auto-suficiência que havia obtido, além do engajamento da sua população em defesa do país.

O maior contigente das tropas da Aliança foi fornecido pelo exército brasileiro, que até então praticamente inexistia. Como sabemos, a Guarda Nacional cumpria, ainda que mal, as funções normalmente destinadas ao exército. Diante de uma tropa bem-organizada e treinada como a paraguaia, era necessária uma nova força armada para o Brasil. O reduzido corpo de oficiais profissionais do exército brasileiro encarregou-se dessa função com bastante sucesso, ainda que isso demandasse tempo.

Para ampliar o contigente de soldados, em novembro de 1866 foi decretado que os escravos voluntariamente se apresentassem para lutar na guerra obteriam a liberdade. Muitos se alistaram dessa maneira, mas alguns foram obrigados a fazê-lo no lugar dos filhos de seus senhores que haviam sido recrutados. No mesmo ano, o Brasil alcançou expressiva vitória na batalha de Tuiuti. Luís Alves de Lima e Silva, barão de Caxias, assumiu o comando das forças militares imperiais, vencendo rapidamente importante batalhas como as de Itororó, Avaí, Angosturas e Lomas Valentinas, chamadas "dezembradas" por terem acontecidos no mês de dezembro de 1868. Essas batalhas abriram caminho para a invasão de Assunção, capital paraguaia, tomada em janeiro de 1869. O conde D'Eu, genro do imperador, liderou a última fase da guerra, conhecida como campanha da Cordilheira, completada com a morte de Solano López em 1870.

A guerra devastou o território paraguaio, desestruturando sua economia e causando a morte de cerca de 75% da população (aproximadamente 600 mil mortos). Acredita-se que a guerra foi responsável pela morte de mais de 99% da população masculina com mais de 20 anos, sobrevivendo a população formada, predominantemente, por velhos, crianças e mulheres.

Além das mortes em combate, foram devastadoras as epidemais, principalmente a de cólera, que atingiram os homens de ambos os lados da guerra. Acrescente-se, ainda, que os governos da Tríplice Aliança adotaram uma política genocida contra a população paraguaia.

Para o Brasil, além da morte de aproximadamente 40 mil homens (sobretudo negros), a guerra trouxe forte endividamento em relação à Inglaterra. Apontada como a principal beneficiária do conflito, forneceu armas e empréstimos, ampliando seus negócios na região e acabando com a experiência econômica paraguaia. O Brasil conseguiu a manutenção da situação na bacia Platina, embora a um preço exorbitantemente alto. Mas a principal conseqüência da Guerra do Paraguai foi o fortalecimento e a institucionalização do exército, com o surgimento de um grande e disciplinado corpo de oficiais experientes, pronto a defender os interesses da instituição. Além disso, seu poder bélico tornava-o uma organização capaz de impor suas idéias a força, caso necessário, acrescentando uma dose de instabilidade ao regime imperial.

Conheca o significado

Bagdá
-Grande cidade do Oriente
é tida como uma das mais antigas cidades do mundo

Braça
- antiga unidade de comprimento, equivale a 2,2 metros

Califa
- Título de soberano muçulmano

Caravana
- Grupo de mercadores ou viajantes,que se reúnem para
atravessar o deserto com mais segurança




Caravançara
- Grande sítio construido pelo governo ou por pessoas
piedosas, geralmente estas construções ficavam á
beira da estrada.
(as idas e vindas pelo deserto as pessoas necessitavam
de descanso e refazimento




Meca
- Cidade da Arábia, capital religiosa dos muçulmanos,
seguidores da religião fundada pelo profeta Maomé

Medina
- A 'Cidade do Profeta'
Depois de Meca, é a cidade mais importante para os
maometanos. Nela estão sepultados Maomé e os primeiros
califas

Viva bem com seus filhos

Para educar é preciso conhecer os limites da liberdade, e ao mesmo tempo deixar que os filhos errem e aprendam sozinhos. Para isso, basta uma boa dose de paciência (porque amor você tem de sobra) e seguir algumas dicas:

Até 3 anos - É a fase de querer pegar tudo, andar sozinho e experimentar a fala. Nesse período haja resistência, pois só sossegam quando dormem! As preocupações estão voltadas para a saúde e alimentação. Mas a "fase do não" também chega a irritar. Tudo a criança responde com um não. É uma conquista de autonomia. Com essa resposta ela quer apenas testar sua tolerância e saber o quanto é amada.




De 4 a 6 anos - A figura materna já é íntima. A criança tem consciência que a mãe é dela e não vai deixá-la. Como é a mão quem tem mais contato com os filhos, é comum certos abusos. Um bom truque é usar o pai na hora de "dar uma dura" nos pequenos. Como ele fala menos, só um olhar já basta. Só não vale é transforma-lo numa espécie de bicho-papão.
Aos 6 anos, a criança será alfabetizada. Pra muitas mães esse é um momento muito angustiante, pois o maior dilema para a criança é Ter que ficar sentada para aprender. Lembre-se, cada um tem o seu ritmo de aprendizagem. Cada um tem seu ritmo de aprendizagem.

De 7 a 9 anos - Nesta fase os amigos ganham importância maior e a criança toma consciência de que a morte é um fato irreversível, verdadeiro, coisa que até então ela considerava um conto de fadas. O medo de perder os pais, principalmente a mãe, começa a aumentar. Evite frases do tipo ‘qualquer dia eu tenho um troço" ou "você acaba comigo" que só servirão para aumentar sua insegurança. Parece bobagem, mas tudo isso pode refletir no aprendizado escolar do seu filho.

Pré- Adolescência - É nesta fase (10 aos 13 anos) que a sexualidade começa a dar seus sinais. É a fase dos ídolos, de conversas com amigos, das primeiras festinhas e dos namorinhos. Você não precisa se preocupar demais: o mais importante é dialogar muito, manter-se próxima e Ter paciência, afinal, a fase da adolescência é uma das mais complexas.



Adolescência - Esta fase inicia-se por volta dos 14 anos. Nesse momento em que as emoções estão a flor da pele, o temperamento dos filhos mudam constantemente: ora ficam agressivos, ora doces e amigos, ora se fecham no quarto. Os pais por sua vez viram os "chatos". Tenha paciência e sensibilidade. A conversa é o melhor caminho.

A escultora Camille Claudel
















(As imagens das estátuas são autênticas).


As minhas filhas foram na Europa e é claro foram ao Museu Rodin (jan/fev de 2010).As obras expostas são dos escultores: Camille Claudel e Rodin, que é o maior escultor da França).Camille Claudel nasceu em 8 de dezembro de 1864 na pequena cidade de Aisne chamada Fères-en-Tardenois e cresceu na aldeia de Villeneuve-sur-Fère, território de Champagne, ambos na França. Seus pais, Louis-Prosper Claudel e Louise-Athanaïse Claudel, tiveram quatro filhos, mas somente três sobreviveram, duas mulheres e um homem. A irmã mais nova, Louise, era a preferida dos pais. Camille, já com veia artística, criou com o irmão Paul uma cumplicidade. com Paul, quatro anos mais jovem viria a ser no futuro poeta e dramaturgo. Seu pai, maravilhado com o precoce talento de Camille que, ainda criança, produziu esculturas de ossos e esqueletos com impressionante verossimilhança, oferta-lhe todos os meios de desenvolver suas potencialidades. Sua mãe, por outro lado, não vê com bons olhos, colocando-se sempre contra a todo aquele empreendimento, reagindo muitas vezes violentamente no sentido de reprovar a filha que traz incômodos e custos excessivos para a manutenção de seu “capricho”.A vida da inigualável Camille Claudel foi sempre palco de especulações no final do século XIX e a razão disso se deveu à sua relação amorosa com seu professor, mentor intelectual e amante - o também inigualável escultor do século XIX Auguste Rodin. Esse relacionamento tremendamente tumultuado virou nas mãos de um dos gênios da literatura, Henrik Ibsen, a peça "When The Dead Awaken".O drama pessoal entre Camille Claudel e Rodin serviu, também, para ofuscar o brilho de Camille como artista.Dotada de enorme talento que pode ser claramente visto em seu trabalho, desde jovem Camile demonstrava maestria na utilização do barro e o fazia com destemido instinto. Ela preferia a sensação de tocar o material à de desenhar.Quando a familia de Camille mudou-se do bairro onde moravam para o bairro "Nogent-sur-Seine" passaram a ser praticamente vizinhos de Alfred Boucher, importante escultor do século XIX. O pai de Camille levou seus trabalhos para a apreciação de Boucher que, impressionado com o talento da jovem, levou esses trabalhos para a apreciação de outro famoso escultor Paul Dubois. Após a aprovação desses dois gênios da escultura foi fácil para Camille entrar para a "Académie Colarossi" uma das raras academias abertas também para mulheres. Em seguida, juntou-se a um grupo de três outras escultoras e começaram a ter aulas informais com Boucher que visitava o estúdio das "moças" uma vez por semana. Quando em 1883 Boucher mudou-se para a Itália, Rodin assumiu a responsabilidade perante os estudantes de Boucher. O deslumbramento pelo enorme e precoce talento da artista e os encontros sucessivos entre Rodin,43 anos e Camille, 19 anos, levou-os a uma relação que durou quinze anos, relacionamento que influenciou toda a técnica utilizada por Camille em seus trabalhos até então. Naquela época, a talentosa Camille tentou existir num mundo que ainda não era feito para mulheres.O período em que ela ficou no estudio de Rodin como sua assistente foi considerado o mais produtivo da vida do famoso escultor e para Camille, a pior fase para a sua afirmação como escultora, independente dele. Sua vida e seu trabalho ficaram, sem dúvida, ligados ao gênio Rodin o que virou uma trágica história de criação, amor e loucura. Para Rodin Camille foi modelo, assistente, amante e rival. O domínio da juventude e beleza de Camille sobre Rodin levou-o a prometer-lhe casamento em 1884.Quando Camille esculpiu o busto de Rodin ela o fez rude e forte. Rodin, modelava Camille raramente como uma vencedora (escultura . A obra mais famosa de Camille, A Valsa marca o coroamento da relação de ambos e da sua realização como escultora. ônix, Quando Camille, em 1884, assistiu Rodin em Calais seu trabalho sofreu significativas alterações. Suas esculturas iniciais refletiam explendorosa tradição da Academia Francesa em especial na leveza e nas formas das faces, como em sua escultura "Giganti", de 1885, que demonstra uma superfície natural que utiliza os reflexos da luz para distinguir os diversos planos da face. Em seu trabalho "Young Girl with a Sheaf" que poderia ser traduzido como "Uma jovem com um feixe de trigo" Camille mostra uma jovem debruçada sobre um feixe de trigo e utiliza sua técnica particular para mostrar a dócil e lisa face da jovem contraposta com a textura de um fundo rude ou grotesco.A vida de Camille foi marcada por paixão, sofrimento e revolta.O romance com Rodin terminou em 1898, mas Camille continuou a esculpir. Longe dele começou a ter problemas financeiros e a demonstrar sinais de disturbios mentais.Em 1906, ela destroi grande parte de seu próprio trabalho sendo internada em um hospital para doentes mentais. Do hospital Camille mantinha correspondência com sua familia e seus amigos. Nessas correspondências, às vezes, Camille pedia à sua mãe que lhe mandasse alguns itens como chá, açúcar em cubinhos e, repetindo as palavras da própria Camille, "...café brasileiro porque é de excelente qualidade...".Com seu irmão Paul, a intensidade das cartas chegou ao nível do emocionante. Paul, em seus escritos sobre a irmã, descreve o trabalho da artista:"Da mesma forma que um homem, no campo, se serve de uma árvore ou de um rochedo ao qual seus olhos se prendem, a fim de acompanhá-lo em sua meditação, uma obra de Camille Claudel no meio do apartamento existe unicamente através de suas formas, assim como essas curiosas rochas colecionadas pelos chineses, como um tipo de monumento do pensamento interior, o tufo de um tema proposto a todos os sonhos. Ao passo que um livro, por exemplo, somos obrigados a ir buscá-lo nas prateleiras de nosso armário, uma música, a tocá-la, ao contrário, a peça trabalhada, de metal, ou de pedra, exala de si mesma seu encantamento, e a casa inteira é por ela penetrada".
(Paul Claudel) Seu pai, porto-seguro de Camille, morre em 3 de março de 1913. A eclosão da Primeira Guerra Mundial levou-a a ser transferida para Villeneuve-lès-Avignon, onde Camille Claudel passou os últimos trinta anos de sua vida morrendo em, em 1943, sem nunca ter recebido a visita de sua mãe.


300 de Esparta e a Historia Real

A história real se deu por ocasião da invasão da Grécia pelos persas, em 481 a.C. Defendendo o desfiladeiro das Termópilas que une a Tessália à Beócia, Leônidas e uma tropa de apenas 7.000 homens, sendo que apenas 300 eram espartanos, conseguiram repelir os ataques iniciais.

Mas Xerxes, rei da Pérsia, foi auxiliado por um pastor local Efialtes que lhe conduziu por um caminho que contornava o desfiladeiro e cercou o exército de Leônidas.

Restavam apenas 300 espartanos e voluntários tespienses e tebanos, que decidiram resistir até a morte.

Segundo Pausânias, Xerxes ameaçou a insignificante defesa grega dizendo: “Minhas flechas serão tão numerosas que obscurecerão a luz do Sol”. Leónidas respondeu: “Tanto melhor, combateremos à sombra!” Heródoto, que narra o desastre das Termópilas no seu Livro VII, reporta esta afirmação, não a Leónidas, mas a um tal Dieneces.

Leônidas estava certo da traição de Efialtes. Manteve os espartanos, que durante três dias mataram 20 mil persas, e dispensou o restante do exercito. Para aqueles que ficaram, ele disse: “Almocem comigo aqui, e jantem no inferno”.
Leônidas sabia que sua morte era certa, mas resolveu ficar e morrer lutando. Por dois motivos:
O primeiro, é que nenhum espartano volta fugido para sua cidade. Conforme sua própria filosofia, ou voltam vitoriosos, ou mortos em cima de seus escudos.
E em segundo lugar, se ele fugisse, o restante da Grécia também fugiria.

No final, já cercado por seus inimigos, o rei Xerxes dá uma ordem a Leônidas: “Deponham suas armas e se entreguem”, Leônidas responde apenas: “Venham pegá-las”.
Foram as últimas palavras do rei espartano. Atacados por todos os lados, foram massacrados sem piedade. A cabeça de Leônidas foi cortada e empalada e o seu corpo crucificado.

Os persas esperam durante dois meses, o inverno passar, para continuar a guerra. Quando resolvem voltar, os espartanos restantes formam o corpo principal do exercito grego. Havia três persas para cada grego, e no final da guerra os persas são derrotados e expulsos da Grécia.

sábado, 29 de setembro de 2007

Exercicio da Via Sacra

Senhor!

Ofereço á vossa soberana majestade, mediante os merecimentos da vida, paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, tudo o que neste santo exercício fizer e meditar. Concedei-me, Senhor, que o fruto deste exercício reverta em benefício das almas do purgatório.

- Nós vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.

- Porque remiste o mundo pela vossa santa cruz. (repete-se em todas as estações)

1ª Estação

Jesus condenado a morte
Ò meu Jesus, condenado á morte por amor de mim, fazei-me a graça de aceitar por amor de vós a morte que me concederdes.

2ª Estação
Jesus com a cruz nas costas
Ò meu Jesus, que com respeito e amor tomaste a vossa cruz ,dai-me força para levar sempre convosco as cruzes que me impuzerdes.

3ª Estação
Jesus cai pela primeira vez
Ó meu Jesus , cuja misericórdia nos levanta quando caimos, perdoai-nos quando por fraqueza vos ofenderdes .
Pai Nosso - Ave Maria e Glória

4ª Estação
Jesus encontra sua Mãe Santíssima
Ó meu Jesus , fazei que em tempo algum me separe de vossa Mãe , que ela esteja a meu lado na hora de minha morte e acompanhe a minha alma ao vosso tribunal.
Pai Nosso - Ave Maria e Glória ao Pai

5ª Estação
Cirineu ajuda a levar a cruz
Ó meu Jesus, pela graça que fizestes a Simão Cirineu , permiti que eu leve a pesada cruz que vos impôs a ingratidão dos homens.
Pai Nosso- Ave Maria e Glória ao Pai

6ª Estação
Verônica enxuga o rosto de Jesus
Ó meu Jesus, que no véu de Verônica deixastes impressas as vossas feições adoráveis, imprimi em todo o meu ser traços de semelhanças convosco.
Pai Nosso - Ave Maria e Glória ao Pai

7ª Estação
Jesus cai pela segunda vez
Ó meu Jesus, que caís de novo sob o peso sempre crescente da nossa ingratidão, convertei e salvai os que vivem no pecado
Pai Nosso - Ave Maria e Glória ao Pai

8ª Estação
Jesus consola as mulheres de Jerusalém
Ó meu Jesus que tão afetuosamente consolastes as mulheres que por vós choravam, não abandonéis o nosso país, onde tanto sois ofendido e protegei os nossos governantes
Pai Nosso - Ave Maria e Glória ao Pai

9ª Estação
Jesus cai pela terceira vez
Ó meu Jesus, pelas dores que sofrestes com a vossa terceira queda, tende piedade de todas as almas que abandonam hoje esta vida
Pai Nosso - Ave Maria e Glória ao Pai

10ª Estação
Jesus é despojado de suas vestes
Ó meu Jesus, despojado de vossas vestes no Calvário , minimizai as minhas faltas e fraquezas; revesti-me neste mundo de vossa virtude e de vossa glória na eternidade
Pai Nosso - Ave Maria e Glória ao Pai

11ª Estação
Jesus é pregado na Cruz
Ó meu Jesus , que fostes cravado na cruz, sofrendo atrocíssimos tormentos, sêde o meu alento quando o meu corpo sofrer e a consolação nas dores da minha alma.
Pai Nosso - Ave Maria e Glória

12ª Estação
Jesus morre na cruz
Ó meu Jesus , crucificado, salvador do mundo, sêde a minha esperança e concedei-me a graça de morrer com a vossa imagem entre as minhas maõs e o vosso amor em meu coração.

13ª Estação
Jesus nos braços de sua Mãe
Ó meu Jesus, descido da cruz e depositado nos braços da vossa Mãe, fazei-me a graça de viver e morrer por vós no seio de nossa Mãe a Santa Igreja.
Pai Nosso - Ave Maria e Glória

14ª Estação
Jesus é colocado no sepulcro
Ó meu Jesus, que repousastes no túmulo para de lá sair gloriosamente, fazei que a virtude da vossa cruz repouse sôbre o meu túmulo , afim de que eu ressucite para viver eternamente convosco.

Assim seja.

Pai Nosso - Ave Maria e Glória


Acordar com poesias


Biografia de Florbela Espanca

Florbela Espanca 1894-1930



Poetisa portuguesa, natural do Alentejo . Nasceu em dezembro de 1894.
Registrada como filha de pai desconhecido, mas educada pelo pai e pela madrasta em Vila viçosa. O pai de Florbela, deu-lhe seu nome, 19 anos após a sua morte por ocasião da inauguração de um busto feito para a poetisa em Évora.
Florbela , estudou no Liceu de Évora, casou-se em 1913 com Alberto Moutinho, concluiu o Curso De letras dos Liceus e, posteriormente estudou direito na Universidade de Lisboa, onde fez contato com outros poetas da época e com um grupo de mulheres escritoras. Colaborou com jornais e revistas, entre eles, O Portugal Feminino .
Em 1919, publicou sua primeira obra poética ; O Livro das Mágoas. Em 1921, divorciou-se e casou-se novamente com António Guimarães, um oficial de artilharia. Nesse ano também seu pai se divorcia e casa-se com Henriqueta Almeida. Em 1923 publica a obra: Livro de Sóror Saudade. Em 1925 casa-se pela terceira vez com o médico Mário Lage, em Matosinhos
Os casamentos fracassados, as desilusões amorosas e principalmente a morte acidental do irmão Apeles Espanca, na queda de um avião sobre o Tejo em 1927, marcaram profundamente a vida e a obra de Florbela Espanca, Em dezembro de 1930, agravados os problemas de saúde, sobretudo de ordem psicológica, Florbela morre em Matosinhos aos trina e seis anos de idade, tendo como causa mortis em seu atestado de óbito um edema pulmonar.
A causa da morte suscita algumas controvérsias, pois algumas biografias da poetisa falam em suicídio por ingestão de remédios e até mesmo por um tiro.
A temática da poesia de Florbela Espanca é recorrente ao sofrimento, a solidão e ao desencanto que se contrapõem a uma ternura e um desejo de felicidade que somente pode ser alcançado no absoluto. A veemência passional de sua linguagem, traço pessoal que transparece suas frustrações e anseios por vezes carregados de sensualidade e erotismo, são características de suas poesias e de sua obra. A poetisa não se ligou claramente a um movimento literário; alheia ao modernismo, seguiu a linha do poeta António Nobre, e a técnica do soneto que a celebrizou, teve influência de Antero de Quental e mais longinquamente de Camões. Alguns críticos referem-se a sua poesia como uma espécie de don-juanismo feminino, pelos excessos e exacerbamento da paixão com voz marcadamente feminina.
Florbela Espanca, uma mulher acima de seu tempo, tida como grande figura feminina das primeiras décadas da Literatura Portuguesa do século XX.
Postumamente foram publicadas as obras; Charneca em Flor (1930); Cartas de Florbela Espanca (1930); Juvenília; As marcas do destino; Diário do Último ano seguido de um poema sem título.

Especiarias



O significado da expressão "especiarias".

"Palavra proveniente do termo latim ‘especia’ = substância. Tem o sentido de substâncias raras e caras, usadas em pequenas quantidades, para fins de perfumaria (cosmética), remédio (drogas que curam doenças), e condimento (temperos usados principalmente na técnica de conservação dos alimentos, para disfarçar e/ou suavizar os sabores).
As especiarias eram, em sua maioria importadas do Oriente e foram um dos fatores importantes no surto e na evolução dos descobrimentos. A noz-moscada; o gengibre; a canela; o cravo-da-índia; a pimenta (líder absoluta da preferência das importações); e, por algum tempo, o açúcar são alguns exemplos de especiarias apreciadas pelos europeus na Idade Moderna.
O açúcar deixa de ser considerado uma especiaria com o início de seu consumo em massa, a partir da monocultura açucareira fomentada pelos portugueses. Data desta época a expressão “caro como pimenta”."
Ou seja, as especiarias eram produtos que vinham de regiões específicas da Ásia e que somente eram produzidas lá, seja pela necessidade de clima específico, seja porque os produtores das mesmas monopolizavam a sua produção/exportação.

Portanto, os portugueses, apoiados na política do comércio feito com a "boca de um canhão apontado", abriram os mercados orientais, construindo feitorias e entrepotso na costa oriental da África (Zanzibar e Moçambique), na Península arábica (Mascate), na Índia (Goa), na Indonésia (Ilhas Molucas - as ilhas das Especiarias) e na China (Macau).


Abaixo segue alguns exemplos de especiarias:

Açafrão (Croccus sativa)
Açafrão-da-terra (Curcuma longa)
Canela (Cinnamomum zeylanicum)
Cânfora (Cinnamomum camphora)
Cardamomo
Cássia de Java (Cassia javanica)
Cravo-da-índia (Syzygium aromaticum)
Cominho (Cuminum cyminum L)
Curcuma
Gengibre (Zingiber officinale)
Incenso de olíbano
Mostarda
Noz-moscada e macis (Myristica fragrans Houtt)
Páprica
Pimenta calabresa (peperoncino)
Pimenta preta (Piper nigrum L) (Pimenta-do-reino)


Note que o comércio com o Oriente era tão lucrativo que inclusive deu origem, posteriormente, à expressão "negócio da China" (século XIX), isto é, um negócio fabuloso, em que o risco é nulo e o lucro é fantástico:

"Transação comercial muito vantajosa para uma das partes e extremamente onerosa à outra; aproveitar grande oportunidade; negócio que dá muito dinheiro."

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Vocabulario de Astronomia

Atmosfera:
Capa gasosa que envolve os corpos celestes

Astronomia:
Ciência que estuda a posiçção ,os movimentos e a constituição dos corpos celestes.

Ano-luz:
Unidade que se usa para medir as distâncias cósmicas.
Corresponde á distância percorrida pela luz durante um ano. Como a luz viaja a 300 mil quilometros por segundo um ano-luz equivale a 9 trilhões e 461 bilhões de quilometros.

Astrolábio:
Antigo instrumento usado para medir a altitude das estrelas, o ângulo de elevação entre a estrela, o observador e o horizonte.
Consta como seu inventor Hiparco, dois séculos antes de Cristo.

Cometa:
Astro com uma cabeça, onde existem o núcleo e a cabeleira ou (coma)na maioria das vezes possui uma calda, feita de substâncias gasosas. Gira ao redor do sol e a sua órbita e bem elíptica.

Constelação:
Conjunto de estrêlas agrupadas pelo astrônomos para melhor localizá-las e estudá-las

Eclipse:
Desaparecimento total ou parcial , real ou aparente de um astro por interposição de um corpo entre o olho do observador e o astro.
Os eclipses podem ser solares ou lunares.

Equinócio:
Momento em que os raios solares ficam perpendiculares ao Equador. Dá-se nos dias 21 de março e 23 de setembro de cada ano.

Estrêlas:
Astros que tem luz e calor próprios.
Aparentemente, suas posições nunca se alteram, na verdade , isso não acontece: as estrelas deslocam-se a grandes velocidades .
A ilusão é devida á enorme distância que as separam de nós. Elas podem ser binárias ou múltiplas, duas ou mais estrelas girando ao redor de um mesmo centro de gravitação;
Novas - estrelas cuja luz aumenta bruscamente, depois diminui até não mais serem vistas a olho nú.
Variáveis- estrelas cuja luminosidade varia.
Fácula - região móvel da fotosfera solar extremamente brilhantes que geralmente acompanha uma mancha solar.

Galáxias:
Agrupamento de milhões de estrelas, muito distante uma das outras.

Gravidade:
Atração terrestre exercida sobre os corpos

Nadir:
Ponto imaginário da esfera celeste, que está verticalmente abaixo do observador. O contrário é o zênite.

Nebulosa:
Massa gasosa, poeira cósmica, ou conjunto de estrelas e matéria estelar em estado gasoso.

Òrbita:
Trajeto percorrido por um corpo celeste em volta do outro

Radioastronomia:
Estudo de corpos celestes por meio das ondas eletromagnéticas que elas emitem.


Radioestrela:
Estrela que emite ondas de rádio

Rotação:
Movimento de um corpo celeste ao girar sobre si mesmo

Satélite
Astro sem luz nem calor próprios, que gira em torno de um planeta.

Solstício
Momento em que os raios solares são perpendiculares aos trópicos de Câncer - dia 21 de junho e de Capricórnio - 22 de dezembro.

Translação:
Movimento de um astro ao redor de outro astro.

Sigmund Freud

Os instintos sexuais são os mais reprimidos , visto que a religião e a moral da sociedade concorrem para isso. Mas, é aí que o mecanismo de censura torna-se mais falho, permitindo assim que apareçam sintomas neuróticos. Explicando a sua teoria da sexualidade, Freud afirma que há sinais desta logo no início da vida extra uterina, constituindo a libido.

A libido envolve do nascimento à puberdade, períodos de gradativa diferenciação sexual. A primeira fase é chamada de período inicial, onde a libido está direcionada para o próprio corpo, oral e analmente. A segunda fase, o período edipiano, que se caracteriza por uma fixação libidinal passageira entre os 4 e os 5 anos, também conhecida como "complexo de Édipo", pelo qual a libido, já dirigida aos objetos do mundo exterior, fixa a sua atenção no genitor do sexo oposto, num sentido evidentemente incestuoso. Por fim o período de latência, iniciado logo após a fase edipiana, só irá terminar com a puberdade, quando então a libido toma direção sexual definida.

Esses períodos ou fases são essenciais ao desenvolvimento do indivíduo, se ele as resolver bem será sadio, porém qualquer problema que porventura ele tiver em superá-las, certamente iniciará um processo de neurose.

Último dos pilares da psicanálise, a transferência, é também uma arma, um trunfo usado pelos psicanalistas para ajudar no tratamento do paciente. Naturalmente, o paciente irá transferir para o analista as suas pulsões, positivas ou negativas, criando vínculos entre eles. O tratamento psicológico deve, então, ser entendido como uma reeducação do adulto, ou seja, uma correção de sua educação enquanto criança.


Assim, Freud desenvolveu um método de tratamento que se pode igualar a uma "arqueologia da alma", onde o psicanalista busca trazer à luz as experiências traumáticas passadas que provocaram os distúrbios psíquicos do paciente, fazendo com que assim, ele encontre a cura.



quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Esquadros

Ádriana Calcanhoto

Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que não sei o
nome.
Cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo, cores.
(...)
Pela janela do quarto, pela janela do carro,
Pela tela, pela janela,
Quem é ela, quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado, remoto controle.



"Espero alegre a saída e espero nunca voltar".

Bagda

Bagdá, a cidade que já foi Luz

Bagdá, a capital do Iraque, teve boa parte da sua infra-estrutura urbana destruída pelos bombardeios provocados pela aviação norte-americana durante a Guerra do Golfo, fato que a deixou isolada de quase todo o mundo.
No passado, porém, foi diferente. Construída pela fé islâmica, ela foi a primeira cidade planejada pela nova religião com a clara função de ser a catapulta para que a palavra do profeta Maomé fosse lançada para as terras da Índia e da Ásia.

O plano da nova Bagdá

Por volta do ano de 140 do calendário muçulmano (762 pelo calendário cristão), o califa Al-Mansur chamou dois renomados astrônomos, um persa e outro judeu, para que projetassem a nova capital do seu império. Ele era o segundo governante da recém-implantada dinastia dos abácidas que, em 750 d.C., depois de se revoltar contra o ramo omíada da família do profeta Maomé, havia manifestado a idéia de construir uma cidade que expressasse o vigor e a energia do islamismo renovado.
Em pouco tempo, apresentaram-lhe o projeto urbanístico. Tratava-se e uma urbanização circular cujas portas voltavam-se para os quatro cantos do mundo. O nome a ser dado era Madinat Al-Salãm, a Cidade da Paz, e seria construída onde outrora ficava a aldeia de Bagdá. Situada nas margens do Rio Tigre, justamente no momento em que este mais de aproxima do seu rio irmão, o Eufrates, a sua posição geográfica era exemplar, pois permitia-lhe o controle das férteis terras ribeirinhas, o domínio da desembocadura de ambos os rios, o canal de Chatt-el-Arab, bem como o porto de Bassora, a atual Basra, situada a 400 quilômetros mais baixo.

A antiga Bagdá

O deslocamento da capital do Império Árabe de Damasco para Bagdá em 762 d.C. não se devia apenas a terem os omíadas se tornado licenciosos e relapsos. Acontece que o movimento de expansão muçulmana para o Ocidente, depois de ter anexado as terras do norte da África e da Península Ibérica, foi detido por Carlos Martel, comandante franco, na batalha de Poitiers, em 732. Os mouros confinaram-se então nas terras espanholas, de onde só saíram depois de minguar lentamente, após 700 anos. Detidos no Ocidente, o impulso voltou-se naturalmente para a Ásia Central e o Oriente. Em pouco tempo, os califas de Bagdá adonaram-se do Golfo Pérsico e levaram a palavra do Corão para o Paquistão, Indonésia e Ilhas Filipinas, chegando até a estabelecer uma próspera colônia árabe na cidade chinesa de Cantão.
Sentindo a necessidade de enriquecer o Islã com a sabedoria de outras culturas, especialmente a persa e a grega, os califas de Bagdá transformaram a cidade num extraordinário centro cultural, numa verdadeira luz do Oriente. Em 832, Al-Mamum criou a Bayt al-Hikma, a Casa da Sabedoria, que, segundo nossos registros, deve ter sido uma das primeiras instituições especializadas em traduções. Foram convidados para tal ofício sábios de fé diversa da muçulmana, tal como o cristão-árabe Hunayn Ibn Ishãq, que formou uma verdadeira dinastia de tradutores, vertendo obras do grego para o siríaco e para o árabe.
Foi assim que preservaram-se os trabalhos de Aristóteles, de Platão, de Galeno, de Hipócrates, de Euclides ou ainda do Alexandrino Ptolomeu.... enquanto a cultura grega era anatematizada pelos padres da Igreja cristã medieval, era honrada e cultivada pelos homens sábios de Bagdá.

Nostradamus

A Morte Profetizada

De volta a Salon, Nostradamus construiu um laboratório-observatório em sua casa. Sofrendo de artrite hidropisia, o profeta preparou seu testamento em junho de 1566, falecendo no início do mês seguinte. Os restos mortais foram sepultados no convento de Cordeliers, segundo sua vontade. A própria morte está prevista no presságio 141, a última quadra das centúrias:

"De retorno da Embaixada, tendo o presente do rei colocado no lugar,
Nada mais fará, será levado a Deus:
Os parentes mais próximos, amigos, irmãos de sangue,
O encontrarão morto perto do leito e do banco."

Havia um mito que Nostradamus teria sido enterrado com um documento capaz de elucidar todas suas previsões. Em 1700, vândalos romperam o esquife em busca destas instruções. Encontraram sobre o esqueleto, um medalhão com a inscrição 1700. O profeta havia antecipado o ano que seu corpo seria exumado.

Em 1791 durante a Revolução Francesa, soldados antimonarquistas violaram as tumbas do convento e os ossos de Nostradamus foram espalhados pelo local. Quando souberam que o profeta havia previsto a queda da monarquia francesa, os ossos foram devolvidos ao caixão e trasladados para a capela da Virgem, na igreja de Saint-Laurent, em Salon.

Ao longo dos séculos, o nome de Nostradamus se tornou um sinônimo de Profecias. As Centúrias é a segunda obra mais editada em todo o planeta, perdendo apenas para a Bíblia Cristã. A linguagem codificada acrescenta uma atmosfera ainda mais misteriosa em torno do tema. Se analisarmos, as profecias nada mais são que informações, um produto de grande valor na história da humanidade, e principalmente nos dias atuais.

(imagem: by recanto da lidia)



Juizos Temerarios


Eclesiástico 10.11

11 - A sabedoria do humilde levantará a sua cabeça e o fará sentar-se no meio dos grandes.
Não avalies um homem pela sua aparência ,não desprezes um homem pelo seu aspecto.
Pequena é a abelha entre os seres alados; o que produz, entretanto, é o que há de mais doce.
Não te glories nunca de tuas vestes, não te engrandeças no dia em que fores homenageado, dignas de glória , misteriosas e invisível.
Muitos príncipes ocuparam o trono, e alguém, em quem se não pensava, usou o diadema.
Muitos poderosos foram grandemente oprimidos, e homens ilustres foram entregues ás maõs de outrem.
Não censures ninguém antes de estares bem informado; e quando te tiveres informado, repreende com equidade ; nada respondas antes de ter ouvido, não interrompa ninguém no meio de seu discurso.
Não indagues das coisas que não te dizem respeito; não te assentes com os maus para julgar.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Helena Blavatsky

Patrovna Hahn Fadéef nasceu em Ekaterinoslav, Russia; em 30 de julho de 1831. Era filha de Pedro Hahn da família Macklenburg e de Helena Fadéef, família nobre que lhe concedeu uma educação completa: pianista e conhecimento profundo em idiomas e literatura.

Em sua infância, alguns presságios atribuíam a Helena um aspecto misterioso e catastrófico. Em seu batizado, acidentalmente a túnica do sacerdote foi incendiada, ferindo e assustando alguns que estavam presentes na cerimônia. Anos mais tarde, Helena brigou com um colega e ameaçou enviar-lhe um diabo que lhe faria cócegas até a morte. O garoto aterrorizado correu, escorregou e caiu num rio morrendo afogado.

Após a morte de sua mãe, foi enviada para a companhia de seu avó, o governador de Saratov, que vivia num castelo que diziam ser encantado. Aos cinco anos era capaz de hipnotizar; e aos quinze utilizava-se da clarividência.

Esteve na França e Inglaterra em 1845 e em 1848. Contra sua vontade, casou-se aos 17 anos com o general Nicephore V. Blavatsky, 51 anos, governador de Etivan. Porém, seu matrimônio durou apenas três meses. Helena fugiu de casa e foi para Constantinopla, onde permaneceu o tempo necessário para legalizar o processo de separação.

No Egito conviveu com um mestre Copta que a iniciou em ciências ocultas. Através desse mestre, tomou conhecimento das Estâncias de Dzyan; um livro guardado num mosteiro tibetano que continha ensinamentos ocultos da sabedoria Oriental antiga. No ano de 1851 em Londres, recebeu a missão de um mestre hindu de fundar uma sociedade espiritualista transcendental.

A partir deste momento, deu início a sua peregrinação pelo mundo, passando por Canadá, Estados Unidos, México, Peru, Índia, Ceilão e Nepal. Conheceu as colônias holandesas e Cingapura em 1853, sempre bancada por seu pai e a herança de uma tia. Sua volta ao mundo se estendeu até 1867, chegando a residir em Cáucaso e Ucrânia. Helena ainda permaneceu alguns meses no Tibet, onde recebeu a Iniciação. Seguiu para o Cairo, Palestina e Grécia, onde foi ferida na Batalha de Mentana. De volta a Londres, conhece Kout Houmi Lal Singh, um misterioso personagem com quem passou a se corresponder. Helena recebeu As Estâncias de Dzyan de um grupo ocultista indiano. Porém, em uma viagem a Calcutá, passou a ser pressionada para devolvê-lo; caso contrário, sua vida seria abalada por diversas infelicidades. Helena adoeceu mas ainda perambulou pela Europa. No decorrer dos anos, fatos estranhos a atormentaram: o navio que viajava explodiu em 1871 e ainda foi vítima de uma tentativa de assassinato. Assustada com essas ocorrências, decide ceder as pressões e entregar o livro.

No ano de 1872 em Paris, Madame Blavatsky, como também era conhecida, tentou pela primeira vez fundar uma sociedade ocultista. Nessa longa peregrinação, Helena desenvolveu suas habilidades psíquicas através de treinamentos e
experiências ritualísticas. No mesmo ano foi residir em Nova York, entrando em contato com o movimento espírita Irmão Eddy, com os Mórmons e estudou Voodoo.Depois de breves viagens pela Europa Oriental em 1873, retornou para Nova York. No ano seguinte, conheceu o norte americano Cel. Henry Steel Olcott, com quem fundou a Sociedade Teosófica em 1875. Dois anos mais tarde, lançou Isis sem Véu, que contêm mais de 1.300 páginas e esgotou-se no primeiro dia de lançamento; deu continuidade aos primeiros conceitos sólidos da Sociedade. Helena também lançou a revista The Theosophist; e a sede da Sociedade foi transferida para Madras, Índia. Por todo este período, sofreu pressão de grupos indianos para que nada fosse revelado sobre As Estâncias de Dzyan.
No ano seguinte, viajou para a Europa mas se estabeleceu na Índia. Em 1885, adoeceu e foi para a Alemanha, onde deu início ao trabalho de A Doutrina Secreta. Em maio de 1887, foi morar em Londres, e lançou a segunda revista Lúcifer (Lúcifer significa literalmente Portador da Luz). Publicou A Doutrina Secreta e fundou a Escola Esotérica em 1888. Em 1889 publicou A Chave para a Teosofia e A Voz do Silêncio. Finalmente em 1890, estabeleceu definitivamente a sede da Sociedade Teosófica em Londres; aonde veio a falecer em 8 de maio de 1891, sendo cremada noWorking Crematorium.

Helena Blavatsky foi um dos principais ícones da ciência e ocultismo do século XIX. Seus Mestres a chamavam de Upasika. Na Rússia era conhecida pelo seu pseudônimo literário, Radha Bai, e considerada a reencarnação de Paracelso.

Blavatsky é a responsável pela introdução do conhecimento oriental do Ocidente, incluindo os conceitos de Karma e Reencarnação; além de expor ao mundo a idéia de que todas as religiões partem de uma única base primitiva.

Suas obras A Doutrina Secreta, Isis sem Véu, A Voz do Silêncio e O Simbolismo Arcaico das Religiões, teriam sido inspiradas através da leitura por clarividência de As Estâncias de Dzyan. O crítico inglês William Emmett Coleman, calculou que para escrever Isis sem Véu, Blavatsky precisaria ter estudado 1400 livros por ela desconhecidos.

Mas sua grande contribuição é, sem dúvida alguma, a Sociedade Teosófica. Após mais de cem de sua fundação, possui adeptos em toda parte do mundo e permanece estabelecida como uma das principais bases de conhecimento da atualidade.

Doce de Moranga em Calda

Ingredientes

3 Kg de ( abóboras ) morangas
1 1/2 a 2 kg de açucar
2 colheres rasas de sobremesa de cal

Modo de Fazer:
Corte as morangas em quadrados grandes,
retire as sementes. Descasque-as e deixe-as por 5 minutos no cal.
Lave-as em água corrente e
coloque-as para ferver com meio kilo de açucar
e água suficiente para cobrir tudo.
Espete um pedaço com um palito, se estiverem macias,
porém firmes, estão no ponto.
Deixe o doce descansar
na panela por 24 horas. Coloque mais 1 kg de açucar na calda
Deixe ferver por cerca de uns 10 minutos. Retire do fogo,
deixe descansar por mais 12 horas. Coloque no fogo, prove
o açucar.
Deixe ferver por mais 5 minutos.

Está pronto!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

A Rainha Margot

TÍTULO DO FILME: A RAINHA MARGOT (La Reine Margot. ALE/FRA/ITA/94)
DIREÇÃO: Patrice Chéreau
ELENCO: Isabele Adjani, Daniel Auteuil, Jean-Claude Brialy, Virna Lisi. 139 min, Europa Carat.

RESUMO

O filme retrata a França em 1572, quando do casamento da católica Marguerite de Valois e o protestante Henri de Navarre, que procurava minimizar as disputas religiosas, mas acaba servindo de estopim para um violento massacre de protestantes conhecido como a "noite de São Bartolomeu" , que teve a conivência do rei da França Carlos IX, irmão de Margot.
O filme, que retrata esse trágico acontecimento, é baseado num romance de Alexandre Dumas.

CONTEXTO HISTÓRICO
A noite de São Bartolomeu, massacre de mais de 3 mil protestantes, ocorrido em 24 de agosto de 1572, marca as sangrentas lutas religiosas que atrasaram a consolidação do absolutismo francês. Esse acontecimento caracteriza a fase final da dinastia Valois, que governava a França desde a idade média.
O casamento forçado entre Margot, irmã de Carlos IX (rei da França) e o protestante Henrique de Navarra (Bourbon), não paralisou as lutas religiosas entre católicos e protestantes. Com a noite de São Bartolomeu, ressurgia o combate, estimulado pelo papa, envolvendo várias regiões européias.
Com a morte de Carlos IX, sobe ao trono seu irmão Henrique III, iniciando-se uma guerra civil conhecida como "Guerra dos três Henriques", entre Henrique de Guise, que fundou com líderes católicos franceses a Liga Católica e Henrique III, que contou com o apoio de seu cunhado Henrique de Navarra. Os dois últimos lideram o cerco sobre Paris em 1589, quando Henrique III é assassinado.
Henrique de Navarra assume então o trono francês como Henrique IV, convertendo-se ao catolicismo - "Paris bem vale uma missa" - mas publicando o edito de Nantes que dava liberdade de culto aos protestantes. Seu governo marca o início da dinastia Bourbon, que conhecerá o apogeu do Estado absolutista no longo reinado de Luiz XIV (1661-1715) o "rei sol", para depois nos reinados de Luiz XV e Luiz XVI, conhecer a decadência e crise, que culminou com a revolução francesa em 1789, acontecimento que marca o início da Idade Contemporânea.
O absolutismo foi a forma de governo que caracterizou os chamados Estados Modernos europeus, marcados pela ampla concentração de poderes nas mãos do rei. Ao longo dos séculos XV e XVI a relação entre rei e burguesia era de aliança, já que ambos simbolizavam o novo (capitalismo nascente), em oposição ao clero e nobreza defendiam o velho (feudalismo decadente). Enquanto a burguesia representava a iniciativa privada e o comércio (atividade mais promissora da época), o rei representava um Estado forte e protecionista, capaz de padronizar defesa militar (exércitos nacionais), leis e moedas, viabilizando ainda mais a acumulação de capital durante a idade moderna.
Nos séculos XVII e XVIII, a relação entre rei e burguesia passa a ser de confronto, pois a burguesia com muito capital acumulado, reivindica o poder político, voltando-se assim contra seu antigo aliado, através das revoluções inglesas (puritana e gloriosa) entre 1649 e 1688 e da revolução francesa em 1789, antecedida das revoluções industrial e americana e influenciada pelos princípios liberais e iluministas, no contexto de crise do Antigo Regime europeu.

A noite de Sao Bartolomeu

A noite de 23 para 24 de agosto de 1572 entrou para a história : os sinos da catedral de Saint Germain-l’Auxerrois fazem o prenúncio do dia de São Bartolomeu um mártir. Os católicos massacraram os huguenotes (protestantes) na França. Somente em Paris, três mil protestantes foram exterminados nessa noite. A violência estava espalhada por todo o país, o número de protestantes mortos foi de dezenas de milhares. As ruas tingiram-se de sangue , poucos dias antes, era calmo o ambiente na capital. Foi celebrado um matrimônio real, que deveria encerrar um terrível decênio de lutas religiosas entre católicos e huguenotes.



Os noivos eram Henrique, rei de Navarra e chefe da dinastia dos huguenotes, e Margarida Valois, princesa da França, filha do então falecido Henrique 2º e de Catarina de Médicis. Margarida era irmã do rei Carlos 9º. Alguns milhares de huguenotes de todo o país – a nata da nobreza francesa – foram convidados a participar das festas de casamento em Paris. Uma armadilha sangrenta, como se constataria mais tarde. A guerra entre católicos e protestantes predominou na França durante anos, com assassinatos, depredações e estupros agora, um casamento deveria fazer com que tudo fosse esquecido?! O casamento não foi realizado na catedral. O noivo protestante não deveria entrar na Notre Dame, nem assistir à missa.
Diante do portal ocidental da catedral, foi construído um palco sobre o rio Sena, no qual celebrou-se o casamento. Margarida não respondeu com um "sim" à pergunta, se desejava desposar Henrique, mas fez simplesmente um aceno positivo com a cabeça.



Como era comum na época, o casamento tinha motivação exclusivamente política. século 16, o maior esteio da França não era o rei, mas sim a Igreja, e ela estava inteiramente infiltrada pela nobreza católica, uma reforma do clero significaria, ao mesmo tempo, o tolhimento do poder dos príncipes. Assim, a nobreza – tendo à frente os Guise – buscava a preservação do status quo. Casamento forçado seguido de atentado.
Os Guise – a linhagem predominante na França observavam com profunda desconfiança a cerimônia ao lado da Notre Dame. O casamento foi realizado por determinação da poderosa rainha-mãe Catarina de Médices, uma mulher fria, detentora de um marcante instinto de poder.
Poucos dias depois da cerimônia, almirante Coligny sofreu um atentado em rua aberta, o líder huguenote teve apenas ferimentos leves. Ainda assim, os huguenotes pressentiram uma conspiração. Estava em perigo a trégua frágil, lograda através do casamento. Por trás do atentado, estavam os Guise e Catarina de Médici. O casamento era parte de um plano preparado a longo prazo. Carlos, o rei com olhar de louco, ficou furioso ao saber do atentado a Coligny, que era seu conselheiro e confidente. Os católicos espalharam então o boato de que os huguenotes estavam planejando uma rebelião para vingar-se do atentado,a partir daí - começa então um plano diabólico. O rei Carlos foi pressionado por sua mãe, Catarina, Carlos vacilou, ficou inseguro, mas finalmente cedeu, e ordenou a execução de Coligny, e exigiu, de repente, um trabalho completo: não deveria sobrar nenhum huguenote que pudesse acusá-lo posteriormente do crime. Coligny foi assassinado com requintes de crueldade na noite de São Bartolomeu. Com ele, milhares de pessoas que professavam a mesma fé.
Henrique de Navarra sobreviveu à noite de São Bartolomeu nos aposentos do rei, que tinha dado a ordem para o massacre. Henrique teve de renegar a sua fé e foi encarcerado no Louvre. Quatro anos mais tarde, ele conseguiu fugir. Retornou ao seu reino na Espanha e, anos depois, subiu ao trono francês. Henrique, permaneceu católico, mas irmão espiritual dos huguenotes, e concedeu-lhes a igualdade de direitos políticos através do Édito da Tolerância de Nantes.
Uma compensação tardia para os huguenotes.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

A Resposta

Um dia alguém disse:

- Reconheço que tenho defeitos, vivo ansiosa de mais e fico irritada muitas vezes.
- Reconheço que a minha vida não é a maior empresa do mundo e sei que não vou conseguir evitar a sua falência.
- Reconheço que nem sempre vale a pena viver...apesar de fazer frente a muitos desafios.
- Reconheço que não sou a autora da minha própria história. Embora participe em alguns capítulos...a minha história já estava escrita quando nasci. Reconheço que não posso atravessar desertos fora de mim, pois não teria coragem de regressar, oásis nos recônditos da minha alma só em breves momentos perdidos no tempo.
- Reconheço que tenho medo dos meus próprios sentimentos.
- Reconheço que por vezes não tenho coragem para ouvir um "não". Pedras no caminho? Guardei todas, não construi um castelo mas sim uma fortaleza onde ninguém ousa entrar.



(1987- desconheço a autoria)

Pedras no Caminho

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta .
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo... "



Fernando Pessoa

Ainda te amo

LÊ O POEMA DE BAIXO PARA CIMA.

"Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
JÁ TE ESQUECI!
E jamais usarei a frase:
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade:
É tarde demais...

(Clarice Lispector)



(cidade de Paraíba do Sul)

sábado, 22 de setembro de 2007

Sushi o prato do dia
















O Japão é uma nação constituída por ilhas, com uma variedade enorme de peixes e mariscos. As ilhas são montanhosas, com uma pequena área cuntivável. A sua densa população se alimenta do que extrai do mar e dos seus campos de arroz. A sua cozinha foi focada naquilo que a natureza local oferecia. O que pode parecer exótico ao olhar estrangeiro, como a combinação de peixe cru com arroz, é extremamente lógico num lugar com essas características.
O sushi apareceu há séculos no Japão como um modo de conservação do peixe. Era um método proveniente dos países do sudoeste da Ásia que consistia na prensagem de peixe com sal .
O peixe fermentava durante alguns meses antes de ser consumido. Alguns restaurantes em Tóqui ainda servem esse sushi original, chamado Nare-sushi, feito com carpa de água-doce. O seu sabor é tão forte que acaba por encobrir totalmente o sabor do peixe
Foi somente no começo do século passado que um hábil chef chamado Yohei decidiu fazer com que o sushi deixasse de ser apenas um método de preservação, e acabou desenvolvendo um sushi parecido com o conhecido hoje em dia. O prato, rapidamente, se tornou muito popular no Japão em duas modalidades: o Kansai, da cidade de Osaka, na região de Kansai; e o Edo, de Tóquio. Osaka sempre foi a capital comercial do Japão, e os seus comerciantes de arroz desenvolveram um sushi que consistia primeiramente em arroz temperado misturado com outros ingredientes, servido em uma embalagem comestível decorada. Tóquio, localizada numa baía rica em peixe e frutos-do-mar, produzia o Nigiri-sushi, que consistia em uma pequena porção de peixe ou fruto-do-mar sobre um bolinho de arroz temperado.
Embora o sushi ornamental da região de Kansai ainda seja bastante popular, o sushi mais conhecido pelos estrangeiros é o Nigiri.
Hoje, apesar de este tipo de sushi ser considerado pelos japoneses como o original, a história do sushi Kansai é mais antiga.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

A Inquisição




História da Santa Inquisição na Europa, os julgamentos,
perseguições e as formas de agir dos tribunais,

A Inquisição foi criada na Idade Média (século XIII) e era dirigida pela Igreja Católica Romana. Ela era composta por tribunais que julgavam todos aqueles considerados uma ameaça às doutrinas (conjunto de leis) desta instituição. Todos os suspeitos eram perseguidos e julgados, e aqueles que eram condenados, cumpriam as penas que podiam variar desde prisão temporária ou perpétua até a morte na fogueira, onde os condenados eram queimados vivos em plena praça pública.





Tomás de Torquemada nasceu em 1420, em Valladolid e faleceu em Ávila, a 16 de setembro de 1498. Ainda jovem, tornou-se frade dominicano no Convento de San Pablo, em Valladolid. Em 1452 foi eleito prior do Convento de Santa Cruz, em Segóvia, confessor, desde 1474, da Rainha Isabel de Castela e Inquisidor-Geral de Castela e Aragão, por nomeação de Sixto IV, em 1483. Era sobrinho do Cardeal Juan de Torquemada, igualmente dominicano.





Mais do que quaisquer outros, dois homens que chegaram ao auge do poder no final do século XV - o Inquisidor Geral Tomás de Torquemada e o tirano de Florença Girolamo Savonarola - simbolizam a face intolerante da história da Igreja Católica. Com eles, as fogueiras estiveram sempre acesas, para desespero de judeus, mouros e hereges.





A Espanha nas mãos de Torquemada, o Grande Inquisidor





Na segunda metade do século XV, a Península Ibérica tinha mais judeus convertidos do que qualquer outra região do mundo. Ocupada durante séculos pelos muçulmanos, que concediam aos judeus e cristãos liberdade de culto a troco de um imposto especial, a Península Ibérica tornou-se um refúgio ideal e palco de uma intensa troca civilizatória entre elementos das culturas cristã, muçulmana e judaica. Entre os frutos desse intercâmbio, destaca-se a Astrologia, quase desaparecida da Europa durante alguns séculos e que retorma ao continente exatamente pela via do contato com o mundo islâmico, na região do Mediterrâneo.





Com a progressiva unificação da Espanha (resultado da união dos reinos de Leão e Castela e, mais tarde, destes com Aragão) os muçulmanos e os judeus foram aos poucos empurrados para o sul, obrigados a migrar para o Marrocos ou a fazer uma conversão forçada ao cristianismo. Tal conversão era sempre vista com desconfiança, já que, motivada pela perseguição religiosa, era apenas aparente: na intimidade de seus lares, muitos judeus continuavam em segredo a praticar os velhos cultos.





Com o casamento de Fernando de Aragão (a atual Catalunha, ou seja, a região de Barcelona) com Isabel de Castela (a região de Madri), os dois reinos se uniram e a Espanha moderna começou a tomar forma.Torquemada, na época (1478), era frade dominicano e confessor de Isabel, função que exercia desde 1474. Poucos anos depois ele se transformaria na figura mais importante da Inquisição Espanhola. Torquemada explorava a desconfiança popular com relação aos judeus convertidos e difundia a suposta necessidade de que o país contasse apenas com sangre limpia, ou seja, sangue puramente cristão. Na prática, era uma ficção, pois, como a Espanha tinha a maior comunidade judaica da Europa medieval e como eram comuns os casamentos inter-étnicos e as conversões religiosas, pouquíssima gente na Espanha tinha sangue realmente puro. O próprio Torquemada era neto de marranos (judeus convertidos), fato que ele escondia cuidadosamente. Mas Torquemada não se deixou abater por este detalhe: decidido a purificar o país, desenvolveu um trabalho metódico, frio e impiedoso de perseguição aos marranos que resultou na morte de - segundo algumas fontes - trinta mil vítimas.





O objetivo formal da Inquisição era a erradicação da heresia, o que, para Torquemada, era sinônimo de eliminação dos marranos. Para estimular as delações, a Inquisição chegou a publicar um conjunto de orientações que ensinava aos católicos como vigiar seus vizinhos e reconhecer possíveis traços de judaísmo. Eis alguns dos sintomas reveladores





- Se você observar que seus vizinhos estão vestindo roupas limpas e coloridas no sábado, eles são judeus.





- Se eles limpam suas casas na sexta-feira e acendem velas bem mais cedo do que o normal naquela noite, eles são Se eles comem pão ázimo e iniciam sua refeição com aipo e alface durante a Semana Santa, eles são judeus.





- Se eles recitam suas preces diante de um muro, inclinando-se para frente e para trás, eles são judeus.





A pena mais leve imposta aos marranos era o confisco de seus bens, técnica que se mostrou muito eficiente como forma de arrecadar recursos para a guerra contra os mouros. Os reis católicos, Isabel e Fernando, precisavam de receitas, e a perseguição movida aos hereges por Torquemada era uma fonte de renda que interessava sobremaneira ao Estado. Isabel e Fernando auto-intitulavam-se "protetores da Igreja" e defensores da fé, antecipando práticas que seriam depois amplamente utilizadas pelos regimes totalitários do século XX.





Os judeus que sofriam apenas o confisco podiam dar-se por satisfeitos. O mais comum era serem obrigados a desfilar pelas ruas vestidos apenas com um sambenito - traje humilhante, que definia sua condição de hereges - e flagelados na porta da igreja. A etapa seguinte era a morte na fogueira, durante os chamados autos-de-fé, após inomináveis torturas.





Homossexuais estiveram entre as vítimas prediletas da Inquisição Espanhola e também da ditadura de Savonarola, na Itália.. Torquemada, no afã de obter dos reis católicos a expulsão definitiva de todos os judeus, promoveu em 1490 um julgamento-espetáculo, onde as vítimas foram oito judeus acusados de praticar rituais satânicos de crucificação de crianças cristãs. Pressionados pelo clima de crescente intolerância, em 31 de março de 1492 Fernando e Isabel publicaram seu Edito de Expulsão: "Decidimos ordenar a todos os ditos judeus, homens e mulheres, que deixem nossos reinos e jamais retornem a eles." Foi concedido aos judeus que permanecessem até julho na Espanha. A partir daí, os que fossem encontrados seriam mortos. Muitos fugiram para Portugal ou Norte da África, onde enfrentaram mais perseguições; alguns, sem outra alternativa, aceitaram embarcar numa duvidosa viagem comandada por um certo aventureiro chamado Cristóvão Colombo; alguns permaneceram na Espanha como "judeus ocultos" (e seus descendentes são judeus ocultos até hoje).







A sua acção de grande rigor trouxe-lhe resistências, as quais chegaram aos ouvidos do Papa Alexandre VI, tendo este, por Breve de 23 de junho de 1494, nomeado 4 adjuntos com iguais poderes, visando limitar a acção do Grande-Inquisidor.Em 1484 redigiu uma Instrução, opúsculo que propunha normas e procedimentos para os processos inquisitoriais, inspirando-se em tramites já usuais na Idade Média. Foi publicada uma actualização em 1490 e uma outra em 1498.





Após completar a expulsão dos judeus, Torquemada retirou-se para o convento de São Tomás, em Ávila do qual tinha sido o fundador, onde passou seus últimos anos convencido de que desejavam envenená-lo, o que o levava a manter um chifre de unicórnio, considerado um antídoto eficaz, sempre perto de si. O Grande Inquisidor acabou sendo vítima de morte natural, em 1498.




Fonte:www. suapesquisa.com






As Feiticeiras de Salem



Há 300 anos , o vilarejo de Salem, na colônia americana da Nova Inglaterra, foi tomado por uma onda de intolerância e de fanatismo religioso, vitimando quase vinte pessoas. Esse infeliz incidente, e a caça às feiticeiras que então se desencadeou, serviu como um alerta para que os princípios de liberdade religiosa fossem assegurados na história dos Estados Unidos.

Salem é visitada por Satanás http://recantodalidia.blogspot.com/

É uma certeza que o demônio apresenta-se por vezes na forma de pessoas não apenas inocentes, mas também muito virtuosas.

O inquérito de Salem

Atrás de sinas das bruxas Mister Parris, o pobre reverendo de Salem, estava exasperado. Betty, a sua única filha de apenas nove anos, acometida por uma série de estranhos espasmos, jogou-se petrificada sobre o leito, negando-se a comer. Naquela perdida cidadezinha, ao norte de Boston, não existiam muitos recursos além de um velho médico que por lá se perdera, chamado para diagnosticar a doença, atestou para o aterrado pai que a menina estava era enfeitiçada e que nada lhes restava a fazer além de uma boa e sincera reza. A conclusão do doutor correu de boca em boca e em pouco tempo os pacatos habitantes do pequeno porto tomaram conhecimento de que Satanás resolvera coabitar com eles.

Simultaneamente outras garotas, as amiguinhas de Betty, começaram a apresentar sintomas semelhantes aos da filha do clérigo. Rolavam pelo chão, imprecavam, salivavam, grunhiam e latiam. Foi um pandemônio. Pressionado a tomar medidas, Parris resolveu chamar um exorcista, um caçador de feiticeiras, que prontamente começou sua investigação.
No século XVII, poucos punham em dúvida a existência de bruxas ou de feiticeiras porque uma das máximas daqueles tempos é de que é uma política do Diabo persuadir-nos que não há nenhum Diabo".

A inquisição

Inquiridas por Cotton Mather, que iria se revelar uma espécie de Torquermada americano, as garotas contaram que o que havia desencadeado aquela desordem toda fora uns rituais de vodu que elas viram Tituba fazer. Essa era uma escrava negra que viera das Índias Ocidentais, e que iniciara algumas delas no conhecimento da magia negra. Durante o último longo inverno da Nova Inglaterra, ela apresentara várias vezes os feitiços para uma platéia de garotas impressionáveis. Educadas no estreito moralismo calvinista e no ódio ao sexo que o puritanismo devota, aquele cerimonial animista deve ter despertado as fantasias eróticas nelas. Provavelmente culpadas por terem cedido à libido ou apavoradas por sonhos eróticos, as garotas entraram em choque histérico. Seja como for o caso, merecia ser ouvido num tribunal. Toda a Salem se fez então presente no salão comunitário.

O Tribunal

Quando colocadas num tribunal especial, presidido pelo juiz S. Sewall, e inquiridas pelos juízes Corwin e Hathorne, as meninas começaram a apontar indistintamente para várias pessoas que estavam na sala apenas como curiosas. O depoimento mais sensacional foi o da escrava Tituba, que não só confessou suas estranhas práticas como afirmou que várias outras pessoas da comunidade também o faziam. A partir daquele momento, a cidadezinha que já estava sob forte tensão se transformou.








(imagens:by lidia machado)




Uma onda de fanatismo , tomou conta dos moradores. O vilarejo foi tomado por acusações que quase devastou a vila. Vizinhos se denunciavam, maridos suspeitavam das suas mulheres e vice-versa, amigos de longa data viravam inimigos. Praticamente ninguém escapou de passar por suspeito, de ser um possível agente do demônio. Não demorou para que mais de 300 pessoas fossem acusadas de práticas infames. O tribunal que entrou em função em junho de 1692 somente parou em outubro.

Resultado: dezoito pessoas foram enforcadas, vítimas da intolerância religiosa.