segunda-feira, 29 de setembro de 2008

As irmas



Estávamos n'uma churrascaria em Juiz de Fora, o almoço foi em homenagem a minha filha Gabi pela sua colação de grau.

Dia feliz!

domingo, 28 de setembro de 2008

As recompensas

Mateus. 10

Qeum recebe vocês, recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.Quem recebe o mensageiro, porque este é mensageiro de Deus, tomará parte na recompensa
dele; e quem receber um homem bom, porque ele é bom, tomará parte na sua recompensa.
- Lembrem-se disto: Quem der ainda que seja um copo de água fria ao menor dos meus seguidores ,porque este é meu seguidor, com toda a certeza receberá a sua recompemsa.

sábado, 27 de setembro de 2008

Pensamento do escritor

"Quando eu tinha 10 anos, ao narrar a um amigo uma história que havia lido, inventei
para ela um fim diferente, que me parecia muito melhor. Resolvi então escrever as minhas próprias histórias.

Durante o meu curso de ginásio, fui estimulado pelo fato de ser sempre um dos melhores em português e dos piores em matemática - o que, para mim significava que eu tinha jeito para escritor.

Naquela época os programas de rádio faziam tanto sucesso quanto os de televisão hoje em dia, e uma revista semanal do Rio, especializada em rádio, mantinha um concurso permanente de crônicas sob o título"O Que Pensam Os Rádio-Ouvintes". Eu
tinha 12, 13 anos, e não pensava grande coisa,mas minha irmã Berenice me animava a concorrer, passando á máquina as minhas crônicas mandando-as para o concurso.
Mandava várias por semana, e era natural que volta e meia uma fosse premiada.

Passei a escrever contos policiais, influenciado pelas minhas leituras do gênero. Meu autor predileto era Edgar Wallace. Pouco depois passaria a viver sob
a influência do livro mais sensacional que já li na minha vida, que foi o Winnetou de Karl May, cujas aventuras procurava imitar nos meus escritos.

A partir dos 14 anos comecei a escrever histórias "mais sérias" com pretensão literária. Muito me ajudou, neste início de carreira, ter aprendido datilografia na velha máquina Remington do eszcritório de meu pai. E a mania que passei a ter de estudar gramática e conhecer bem a língua me foi bastante útil.

De tudo, o mais precioso á minha formação, todavia, talvez tenha sido amizade que me ligou desde então e pela vida afora a Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mndes Campos, tendo como inspiração comum o culto á Literatura".

Fernando Sabino

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Musse de Limao

Ingredientes

1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite
1/2 xícara de suco de limão
3 ovos
3 follas de gelatina branca sem sabor

Modo de fazer

Separe as claras e bata até ficar em ponto de neve. Dissolva a gelatina em
quatro colheres de sopa de água.
No liquidificador - bata o leite condensado,o creme de leite, o suco de limão,
a gelatina dissolvida , e as gemas. Despeje numa vasilha e acrescente as
claras em neve ,(muito bem misturados)
Coloque numa travessa ou pirex - leve a geladeira por cerca de 4 horas ou até que fique firme .
Por cima salpique casca de limão, ralada fina.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

As cidades que nao creram

Mateus.11

Então Jesus começou a acusar as cidades onde tinha feito muitos milagre, porque seus moradores não se haviam arrependido de seus pecados.
Ele disse:
- Ai de você, cidade de Corazim! Ai de vocee cidade de Betsaida! Porque se os milagres feito aí tivessem sido feitos nas cidades de Tiro e de Sidom, o povo ali
já teria há muito tempo abandonado os seus pecados. E para mostar que estavam arrependidos, teriam se vestido com sacos de estopa ,e posto cinza na cabeça!
Lembrem-se de que, no Dia do Juízo, Deus terá mais pena do povo de Tiro e de
Sidom do que de vocês! E você, Cafarnaum,acha que vai subir até o céu? Pois será jogada no inferno! Porque se os milagres feito em você tivessem sidos feitos na cidade de Sodoma, ela existiria até hoje! Lembrem-se de que, no Dia do Juízo,Deus terá mais pena de Sodoma de que de você.

Sou como Agua

Nenhuma barreira poderá represar-me e impedir que me torne um oceano.

Se barrarem minha passagem colocando grandes pedras no meu leito
converter-me-ei em torrente, em cachoeira, e saltarei impetuoso.

Se me fecharem todas as saídas, eu me infiltrarei no subsolo. Permanecerei oculto por algum tempo mas não tardarei a reaparecer. Em breve estarei
jorrando através de fontes cristalinas para saciar a sede dos transeuntes.

Se me impedirem também de penetrar no subsolo, eu me transformarei em vapor,
formarei nuvens e cobrirei o céu. E, chegando a hora, atrairei furacão,
provocarei relâmpagos, desabarei torrencialmente, inundarei e romperei
quaisquer diques e serei finalmente um grande oceano.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Escrava Anastacia

Hoje , encontrei uma oração que me foi presenteada, e a dedicatória diz assim:

"Lídia com a fé tudo conseguirás." Faça essa novena.

'Didi'

13/05/1990



Prece

Vemos que algum algoz fez da tua vida um martírio,violentou tirânicamentea tua mocidade, vemos também no teu semblante macio, no teu rosto suave, tranqüilo a paz que os sofrimentos não conseguiram perturbar.

Isso quer dizer: eras pura, superior tanto assim que Deus levou-te para as planuras
do Céu e deu-te o poder de fazeres curas, graças e milagres mil.

Anastácia pedimos-te...(faça o pedido)rogai por nós, protegei-nos , envolvei-nos no
teu manto de graças e com o teu olhar bondoso, firme, penetrante, afasta de nós os males e os maldizentes do mundo.



Diz a lenda, que Anastácia - antes de ser trazida como escrava africana era uma princesa Bantu-Angola , cresceu livre na Africa . Um dia foi capturada e trazida para o Brasil . Foi vendida na Bahia como escrava ,mais tarde foi vendida para outro Senhor no Estado do Rio de Janeiro. Trabalhava exaustivamente - um dia a Sinhá mandou que a castigassem ,como era o costume na época - foi supliciada com uma mordaça de ferro por dizer não ser escrava .
O ferro no pescoço gangrenou . Trazida ,pelo senhor para o Rio de Janeiro faleceu. Foi enterrada na Igreja dos Negros Porros, teve a tão sonhada liberdade depois de morta.

Jesus cura a sogra de Pedro

Marcos.1


Logo depois, Jesus e os discípulos saíram da casa de oração e foram com Tiago e João
á casa de Simão Pedro e de André.
A sogra de Simão estava de cama, com febre. Assim que Jesus chegou, falaram a respeito dela. Ele foi aonde ela estava, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se.
A febre desapareceu e ela começouu a cuidar deles.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

O Sermao do Monte

Quando Jesus vi a grande multidão, subiu a um monte e sentou-se. Seus discípulos
chegaram perto, e ele começou a ensiná-los , dizendo:

Felizes os que sabem que são espiritualmente pobres, porque o Reino do céu é deles.
Felizes os que choram, pois Deus os consolará.
Felizes os humildes, porque receberão o que Deus tem prometido.
Felizes os que tem fome e sede de fazer a vontade de Deus, pois ele os deixará completamente satisfeitos.
Felizes os que tem misericórdia dos outros, pois Deus terá misericórdia deles também.
Felizes os que têm coração puro, pois eles verão a Deus.
Felizes os que trabalham pela paz entre os homens ,pois Deus os tratará como seus filhos.
Felizes os que sofrem perseguição por fazerem a vontade de Deus, pois o Reino do céu é deles.
Felizes são vocês quando os insultam ,perseguem , e dizem todo tipo de calúnia
contra vocês por serem meus seguidores. Fiquem alegres e contentes , porque
está guardada para vocês uma grande recompensa no céu. Pois foi assim mesmo que perseguiram os profetas que viveram antes de vocês.

Pensamento de Platao

"Aquele que durante a vida esquivou-se dos prazeres e dos bens corporais, como algo estranho e funesto ,preparou sua alma para o futuro. Aquele que amou os prazeres da ciência e adornou sua alma, não com uma vestidura imprópria e sim com aquela que mais lhe convinha, com virtudes, tais como: temperança, justiça, liberdade, veracidade; este deve esperar tranqüilo a hora da partida para o outro mundo, como se estivesse disposto para empreender a viagem ao ordenar-lhe o destino".

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Calda de chocolate quente

Ingredientes

250 gramas de chocolate meio amargo ou amargo picado
1 pitada de sal
4 colheres de sopa rasa de manteiga
meia xícara de chá de açucar
1 colher de chá de extrato de baunilha
meia lata de creme de leite
meia xícara de chá de água quente

Modo de Fazer

Numa vasilha junte o chocolate, a manteiga, o açucar, o creme de leite e a água quente, aqueça em banho-maria , misturando bem os ingredientes - com uma colher de pau durante cinco minutos.
Por último acrescente a pitada de sal e a baunilha, desligue o fogo e sirva, (deve ser servida quente ) esta calda pode ficar na geladeira por cerca de uma semana, e sempre que for usar re-aqueça.

Direito de primogenitura

Deuteronômio 21 .22

"Se um homem tiver duas mulheres, uma que ele ama, outra que ele desdenha, e lhe tiverem dados filhoss , tanto a que é amada como a que é desdenhada, se o filho desta última for o filho primogênito, esse homem, no dia que repartir seus bens entre seus filhos, não poderá dar o direito de primogenitura ao filho da que é amada, em detrimento do primogênito, filho da mulher desdenhada. Mas reconhecerá por primogênito o filho da mulher desprezada, e dar-lhe-á uma porção dupla de todos os seus bens, porque esse filho é o primeiro fruto de seu vigor,é a ele que pertence o direito de primogenitura."

domingo, 21 de setembro de 2008

Cantiga de esponsais

Machado de Assis

Imagine a leitora que está em 1813 , na Igreja do Carmo, ouvindo uma daquelas boas festas antigas, que eram todo o recreio público e toda a arte musical.
Sabem o que é uma missa cantada ; podem imaginar o que seria uma missa cantada daqueles anos remotos. Não lhe chamo a atenção para os padres e sacristães , nem para o sermão, nem para os olhos das moças cariocas,que já eram
bonitos nesse tempo nem para as matilhas das senhoras graves , os calções, as cabeleiras,as sanefas,as luzes, os incensos, nada. Não falo sequer da orquestra , que é excelente; limito-me a mostrar-lhes uma cabeça branca, a cabeça desse velho que rege a orquestra, com alma e devoção.

Chama-se Romão Pires; terá sessenta anos, não menos, nasceu no Valongo, ou por esses lados. È bom músico e bom homem; todos os músicos gostam dele . Mestre Romão é o nome familiar; e dizer familiar e público era a mesma coisa em tal matéria e naquele tempo. " Quem rege a missa é mestre Romão", equivalia a esta outra forma de anúncio, anos depois :"Entra em cena o ator João Caetano"; - ou então: "O ator Martinho cantará uma de suas melhores árias". Era o tempero certo, o chamariz delicado e popularr . Mestre Romão rege a festa!
Quem não conhecia mestre Romão, com o seu ar circunspectro, olhos no chão, riso triste, e passo demorado? Tudo isso desaparecia á frente da orquestra , então a vida derramava-se por todo o corpo e todos os gestos do mestre ; o olhar acendia-se, o riso iluminava-se: era outro .
Não que a missa fose dele ; esta, por exemplo, que ele rege agora no Carmo é de José Maurício; mas ele rege-a com o mesmo amor que empregaria, se a missa fosse sua.
Acabou a festa; é como se acabasse um clarão intenso, e deixasse o rosto apenas alumiado da luz ordinária. Ei-lo que desce do coro, apoiado na bengala ; vai a sacristia beijar a mão aos padres e aceita um lugar á mesa do janatr. Tudo isso
indiferente e calado. Jantou, saiu, caminhou para a Rua da Mãe dos Homens , onde reside, com um preto velho, pai de José, que é a sua verdadeira mãe, e que neste momento conversa com uma vizinha.

- Mestre Romão lá vem, pai José, disse a vizinha.
- Eh!eh! adeus, sinhá, até logo.

Pai José deu um salto, entrou em casa, e esperou o senhor, que daí a pouco entrava com o mesmo ar de costume. A casa não era rica naturalmente; nem alegre. Não tinha
o menor vestígio de mulher, velha ou moça , nem passarinhos que cantassem , nem flores, nem cores vivas ou jacundas. Casa sombria e nua. O mais alegre era um cravo, onde o mestre Romão tocava algumas vezes, estudando. Sobre uma cadeira, ao pé, alguns papéis de música; nenhuma dele...
Ah! se mestre Romão pudesse seria um grande compositor. Parece que há duas sortes de vocação, as que têm língua e as que não a têm.
As primeiras realizam-se ; as últimas representam uma luta constante e estéril entre o impulso interior e a ausência de um modo de comunicação com os homens.
Romão era destas . Tinha a vocação íntima da música; trazia dentro de si muitas óperas e missas, um mundo de harmonias novas e originais, que não alcançava exprimir exprimir e pôr no papel. Esta era a causa única de tristeza de mestre Romão. Naturalmente o vulgo não atinava com ela ; uns diziam isto, outros aquilo:doença,
falta de dinheiro, algum desgosto antigo; mas a verdade é esta: - a cauda da melancolia de mestre Romão era não poder compor, não possuir o meio de traduzir o que sentia. Não é que não rabiscasse muito papel e não interogassse o cravo, durante horas; mas tudo lhe saía informe, sem idéia nem harmonia. Nos últimos tempos tinha até vergonha da vizinhança, e não tentava mais nada.



E entretanto, se pudesse, acabaria ao menos uma certa peça, um canto esponsalício, começando três dias depois de casado, em 1779.
A mulher que tinha então 21 anos, e morreu com vinte e três, não era muito bonita,
nem pouco, mas extremamente simpática, e amava-o tanto como ele a ela. Três dias
depois de casado, mestre Romão sentiu em si alguma coisa parecida com inspiração.
Ideou então o canto esponsalício , e quis compô-lo ; mas a inspiração não pode sair.
Como um pássaro que acaba de ser preso, e forceja por transpor as paredes da gaiola,
abaixo, acima, impaciente, aterrado, assim batia a inspiração do nosso músico,
encerrada nele sem poder sair, sem achar uma porta nada . Algumas notas chegaram a ligar-se ;ele escreveu-as; obra de uma folha de papel, não mais. Teimou no dia seguinte , dez dias depois , vinte vezes durante o tempo de casado. Quando a mulher morreu , ele releu essas primeiras notas conjugais, e ficou ainda mais triste,por não ter podido fixar no papel a sensação de felicidade extinta.

- Pai José, disse ele ao entrar ,sinto-me hoje adoentado.
- Não; já de manhã não estava bom. Vai a botica...
O boticário mandou alguma coisa, que ele tomou á noite; no dia seguinte mestre Romão
não se sentia melhor. É preciso dizer que ele padecia do coração: - moléstia grave e crônica. Pai José ficou aterrado, quando viu o incômodo não cedera ao remédio, nem ao repouso, e quis chamar o médico.

- Para que? disse o mestre, isto passa.
O dia não acabou pior; e a noite suportou-a ele bem, não assim o preto , que mal pôde dormir duas horas. A vizinhança, apenas soube do incômodo , não quiz outro motivo de palestra ; os que entretinham relações com o mestre foram visita-lo. E diziam-lhe que não era nada, que eram macacoas do tempo ; um acrescentava graciosamente que era manha, para fugir aos capotes que o boticário lhe dava no gamão, - outro que eram amores. Mestre Romão sorria, mas consigo mesmo dizia que era o final.

- Está acabado, pensava ele .

Um dia de manhã, cinco depois da festa,o médico achou-o realmente mal; e foi isso que ele lhe viu na fisionomia por trás das palavras enganadoras.

Isto não é nada ; é preciso não pensar em músicas...

Em músicas ! Justamente esta palavra do médico deu ao mestre um pensamente.Logo
que ficou só, com o escravo, abriu a gaveta onde guardava desde 1779 o canto esponsalício começado. Releu essas notas arrancadas a custo e não concluídas. E
então teve uma idéia singular: - rematar a obra agora, fosse como fosse; qualquer coisa servia , uma vez que deixasse um pouco de alma na terra.

Quem sabe? Em 1880, talvez se toque isto e se conte que um mestre Romão...

O princípio do canto rematavaum certo lá; este lá,que lhe caía bem nno lugar era a nota derradeiramente escrita. Mestre Romão ordenou que lhe levassem o cravo
para a sala do fundo, que dava para o quintal : era-lhe preciso ar. Pela janela
viu na janela dos fundos de outra casa dois casadinhos de oito
dias , debruçados, com os braços por cima dos ombros,e duas maõs presas. Mestre Romão sorriu com tristeza.

- Aqueles chegam, disse ele, eu saio. Comporei ao menos este canto que eles poderão tocar...
Sentou-se ao cravo; reproduziu as notas e chegou ao lá...

- Lá, lá, lá, lá...
Nada, não passava adiante. E contudo, ele sabia música como gente.
- Lá, dó...lá, mi,...lá, si ,dó , ré...ré...ré...

Impossível! Nenhuma inspiração, não exigia uma peça profundamente original,mas
enfim alguma coisa, que não fosse de outro e se ligasse ao pensamento começado. Voltava ao princípio, repetia as notas, buscava reaver um retalho da sensação extinta, lembrava-se da mulher, dos primeiros tempos.Para completar a ilusão , deitava os olhos pela janela para o lado dos casadinhos.
Estes continuavam ali, com as mãos presas e os braços passados nos ombros um do outro ; a diferença e que se miravam agora, em vez de olhar para baixo . Mestre Romão, ofegante da moléstia e de impaciência, tornava ao cravo ; mas a vista do casal não lhe suprira a inspiração, e as notas seguintes
não soavam.

-Lá...lá...lá...

Desesperado, deixou o cravo pegou do papel escrito e rasgou. Nesse momento,a
moça embebida no olhar do marido, começou a cantalolar á toa ,inconscientemente,
uma coisa nunca antes cantada nem sabida, na qual coisa um certo lá trazia após si uma linda frase musical, justamente a que mestre Romão procurara durante anos sem achar nunca. O mestre ouviu-a com tristeza , abanou a cabeça ,e a noite expirou.



sábado, 20 de setembro de 2008

Queijo de minas

10 litros de leite
1 copo de água
1 colher de sopa de coalho

Modo de fazer:

Numa panela aqueça o leite até ficar morno, acrescente o coalho num copo d' água
tampe a panela e deixe repousar por cerca de 60 minutos. (é necessário dar este tempo para que a coalhada se torne consistente.)Com uma faca faça ,vários talhos
na coalhada, o objetivo e facilitar a separação do soro.Depois coloque num saco grande, para que possa ser espremida, e o soro separado de vez.
Quando ficar com aspecto de um requeijaõ, a coalhada deve ser comprimida,e colocada numa forma de queijo.
Depois de 24 horas, o queijo pode ser desenformado.

Dicas:

Uma vez por dia ele precisa ser lavado em água corrente (para que não crie mofo.)No
prazo de uma semana, poderá se consumido.

Este é o famoso queijo minas!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Medite

"A essência do Caminho Perfeito é profunda e oculta; seu ponto extremo é misterioso. Que não haja o ver nem ouvir; mergulha o espírito na quietude , e o corpo se erguerá por si mesmo. Quando o olho não vê, o ouvido não ouve e a mente não conhece, teu espírito protegerá teu corpo, que gozará vida longa. Acautela-te
contra o que está dentro: bloqueia o que vem de fora , pois o muito saber é danoso.
Então eu te guiarei a fonte do perfeito yang; comigo atravessarás o Portal até a fonte do perfeito Yin .
Cuida-te de velar e resguardar o teu corpo; o resto se fortalecerá por si".

Aneis de Cebolas

1 xícara de farinha de trigo
a mesma medida de cerveja
1 colher de café mal cheia de sal
2 cebolas médias


Modo de Fazer:

Misture a farinha com a cerveja,(espere baixar a espuma)
acrescente o sal e deixe descansar na geladeira por duas
horas.
Descasque as cebolas,(rodelas grossas) e deixe de molho na
água por 1 hora , retire da água ,seque com toalhas de papel.
Passe a cebola na massa e vá fritando até dourar.

Ótimo para acompanhar churrasco,carne assada,etc...

E para finalizar,que tal um suco de Abacaxi com Hortelã?

Ingredientes

3 rodelas grossas de abacaxi
2 copos de água gelada
1 raminho de hortelã
2 colheres de sopa de açucar

Modo de Fazer:

Corte o abacaxi,misture com a água, o açucar e a hortelã,bata
no liquidificador e coe.

Sabao liquido

Numa vasilha coloque:

2 litros de água,
1 sabão caseiro ralado,
1 colher de óleo de rícino
1 colher de açucar,

Modo de fazer:

Ferva todos os ingredientes,deixe esfriar e engarrafe.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Licao do Taoismo

"O segrado da sapiência, que é também imortalidade,é a aceitação; daí recomendar
Lao-tsé que os homens se comportem como recém-nascidos, que acolham indistintamente as coisas como são. Forçar o avanço natural das coisas é invocar a dor e a ruína;
acompanhar seu passo é ganhar a paz e a sabedoria. Que lugar há para o ressentimento, para a discriminização? Sem fealdade não pode haver beleza; sem o mal o bem; sem a morte, a vida. A alternância é essencial á existência ; certas calamidades são benefícios disfarçados . O alto não é menos útil que o baixo, e o último o é assim como o primeiro. A expanssão implica a contração, o reto, o curvo, o forte, o fraco . Erguer-se e cair, dar e receber - cada coisa tem o seu lugar e a sua utilidade. Nenhuma tempestade dura para sempre, nenhuma chuva deixa de cessar - então , por que se preocupar? O sábio conhece que toda aceitação é sempre o partido melhor ; deve-se confiar na pontualidade da natureza em semear seus dons conforme a época e a estação; interferir em seu trabalho é provocar retaliação.
A doçura vence a dureza como a água abate os entraves a seu curso. Arrogância e aspereza violam a norma do céu carreando miséria. A verdadeira sapiência , a
verdadeira superioridade consiste em jamais ceder a emulação, deixando as coisas
como são. Plantas resistentes quebram-se ou são arrancadas; as flexíveis resistem. Isso e aprender a viver com a natureza".

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Fronteira

José J. Veiga


Eu era ainda muito criança , mas sabia uma infinidade de coisas que os adultos ignoravam. Sabia que não se dve responder aos cumprimentos dos glimerinos,
aquela raça de anões que a gente encontra quando menos espera e que fazem tudo para nos distrair de nossa missão: sabia que nos lugares onde a mãe-do-ouro aparece á flor da terra não se deve abaixar nem para apertar os cordões do sapatos, a cobiça está em toda parte e morde manso;sabia que ao ouvir passos atrás ninguém deve parar nem correr , mas manter a marcha normal, quem mostrar sinais de medo estará perdido na estrada.

A estrada é cheia de armadilhas, de alçapões , de mundéos perigosos, para não falar em desvios tentadores,mas eu podia percorrê-la na ida e volta de olhos fechados sem cometer o mais leve deslize. Era por isso que eu não gostava de viajar
acompanhado, a ppreocupação de salvar outros do desastre tirava-me o prazer da caminhada,mas desde criança eu era perseguido pela insistência dos que que precisavam viajar e tinham medo do caminho, parecia que ninguém sabia dar
um passo sem ser orientado por mim, chegavam a fazer romária lá em casa,
aborreciam minha mãe com pedidos de interferência ; e como eu não podia negar nada a minha mãe eu estava sempre na estrada acompanhando uns e outros. Mal chegava de uma viagem era informado de que fulano, ou sicrano ,ou a viúva
de trás da igreja , ou o ancião que perdera a filha afogada estava a minha
espera para nova caminhada .
E sempre tinham urgência, negócios inadiáveis a tratar em outros lugares ,se eu
não lhes fizesse esse favor estariam perdidos ,desgraçados, ou desmoralizados .
Como poderia eu recusar e dar-lhes as costas ,como se não tivesse nada a ver
com os problemas deles? A responsabilidade seria muito grande para meus ombros infantis . Minha mãe preparava a minha matula, dizia "coitado de meu filho, não
tem descanso", beijava-me na testa e lá ia eu a percorrer do novo a mesma estrada, como se eu fosse um burro cativo, levando ás vezes gente que eu nem conhecia, e cujos negócios me eram remotos ou estranhos.
Minha única esperança de liberdade era crescer depressa para ser como os adultos, completamente incapazes de irem sozinhos daqui ali;
mas quando eu baixava os olhos para olhar o meu corpo de menino ,e via
o quanto eu ainda estava perto do chão, vinha-me um desânimo, um desejo maligno
de adoecer e morrer e deixar os adultos entregues ao seu destino. Eu nunca
soube há quanto tempo estava naquela vida ,nem tinha lembranças de haver conhecido outra. Teria eu nascido com alpercatas nos pés e trouxinnha ás costas?
Era difícil dizer que não, embora a hipótese parecesse inconcebível.

Se eu me queixava a outras pessoas, elas faziam um ar compungido ,engrolavam qualquer coisa para dizer que cada um tem que aceitar o seu destino ,e eu
compreendia que eles também estavam me reservando para quando precisassem de mim: outros presenteavam-me com garruchinhas de espoleta, automoveizinhos de corda, quando não um par de botinas novas. Tudo o que eles queriam de mim era resignação e presteza. Naturalmente eu podia acabar com aquilo a
qualquer hora, mas - e a responsabilidade?

Mas não se pense que as minhas caminhadas para lá e para cá fossem uma rotina desinteressante ; nada disso . Raro era o dia em que eu não aprendia alguma coisa nova, e embora a descoberta só tivesse utilidade na estrada, eu a recolhia para utilização futura, ou para ampliação de meus conhecimentos. Foi ao abaixar-me num
córrego para beber água que fiz uma descoberta a meu ver muito importante:
descobri que, quando se derruba uma moeda em água corrente ,não se deve pensar em recuperá-la. Quem tentar fazê-lo poderá ficar o resto da vida á beira da água
retirando moedas.

É como se a pessoa "sangrasse" a areia do fundo da água e depois não conseguisse estancar o jorro das moedas.

Talvez eu não devesse ter contado isso a meu pai , pois não era difícil prever o
que aconteceria. Ele riu em minha cara,e chamou-me fantasista. Como eu insistisse , ofendido,ele reptou-me a prová-lo . Ainda aí eu poderia ter desconverssado , mas não: aceitei o desafio , como se tratasse de um ponto de honra. Levei-o á beira de um córrego, mandei-o soltar uma moeda na água
- e só á força conseguimos tirá-lo de lá dias depois ; e para impedi-lo de
voltar , tivemos de interná-lo .Disseram que a culpa foi minha, mas não consigo sentir-me culpado.

Depois disso notei que as pessoas passaram a me evitar. A princípio pensei que estivessem sendo gentis , tivessem decidido dar-me afinal um descanso , depois de tantos anos de trabalho pessado; mas depois verifiquei que a situação era mais séria ,nem na rua converssavem comigo, os poucos que eu consegui deter estavam sempre apressados, davam uma desculpa e se afastavam
sem olhar para trás.

De repente ocorreu-me um pensamento medonho: será que minha mãe pensava e sentia como os outros? Nesse caso, que martírio não seria a sua vida, preocupada todo o tempo em esconder de mim os seuss sentimentos!
Alarmado com essa possibilidade, eu a observei durante dias, escutei-a no sono, tentando surpreeder uma palavra , um gesto, qualquer coisa que me denunciasse
o seu estado de espírito. Ás vezes me parecia que o meu medo estava confirmado , mas no minuto seguinte eu estava novamente em dúvida. A
única maneira de esclarecer tudo era naturalmente abrir-me com ela. Mas logo
que comecei a expor-le o meu caso percebi o erro que havia cometido.
Estava eu certo de querer a verdade,e não a compaixão de minha mãe? Qual seria
nesse caso o papel de boa-mãe - dar-me o que eu queria ou o que eu temia? Que direito tinha eu de força-la a uma decisão dessa ordem?

Quando acabei de falar abraçou-me chorando e só conseguia dizer: "Meu filho, meu filho tão infeliz".
Qual seria o sentido dessa frase aparentemente tão clara? Seria pena pela minha sorte de guia forçado, pela minha capacidade de amedrontar os outros -
ou estaria ela pensando na minha sina de amedrontar da própria mãe? Chorei
também, mas depois percebi que eu não tinha motivo nenhum para
chorar , eu estava chorando mais por formalidade, porque o que havia eu feito para estar naquela situação ? Que culpa tinha eu da minha vida?

Enxuguei as lágrimas e sentia-me como se tivesse acabado de subir ao alto de
uma grande montanha, de onde eu podia ver embaixo o menino de calça curta que eu havia deixado de ser , emaranhado em seus ridículos problemas infantis , pelos quais eu não sentia mais o menor interesse . Voltei-lhe
as costas sem nenhum pesar e desci pelo outro lado assoviando e esfregando as mãos de contente.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Comece bem a semana

Vítor Hugo
Alguns pensamentos são preces. Há momentos em que, qualquer que seja a posição do corpo, a alma está de joelhos.

A indigestão é a encarregada por Deus de pregar a moral do estômago.

Shopenhauer
Queres dissipar o pensamento e o espírito para atrair a multidão? Dai-lhe
qualquer coisa de bom para comer e para divertir-se e ela correrá para ti.

G.Herbert
Quem caminha descalço, não deve semear espinhos.

A.Graf
A experiência demostra que é,ás vezes, conveniente fechar um olho, porém nunca os dois.

Provérbio indiano
O bem que se faz num dia, é semente de felicidade para o dia seguinte.

Voltaire
Meu Deus, protegei-me dos meus amigos! Dos meus inimigos eu me encarregarei.

Fuller
Quando a paixão entra pela porta prncipal,a sensatez foge pela porta dos fundos.

Emerson
Odiar alguém é como queimar a própria casa para livrar-se de um rato.

Félix Pacheco
Para um tímido, passar de tímido a outra coisa pior ou melhor basta a simples troca de uma letra no vocábulo. (Temido)

sábado, 13 de setembro de 2008

Para meditar

Emerson

"Estamos sempre a beira de tudo quanto é grande. Confiai em vós mesmos. Reclamai a vossa parte na grandeza da vida. Aprendei a relação entre o humano e o divino.
Entregai-vos á força que tendes de vós - não a força para escravizar, mas, a força para liberar , para ajudar. Ousai tornar-vos senhores de vossos próprios destinos e ensinai toda gente a ousar da mesma maneira."

Pascal

"Cada qual tece o seu destino, colhe o que semeia .
O presente determina o futuro, o acaso não existe e nada acontece sem causa; cada má ação comporta um castigo.
A impunidade aparente é um logro".

O tempo suaviza as aflições e os desentendimentos porque modifica-nos e tornamo-nos outras pessoas.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Pensamento Taoista

"A doçura vence a dureza como a água abate os entraves a seu curso. Arrogância e esperteza violam a norma do céu, carreando miséria. A verdadeira sapiência , a
verdadeira superioridade consiste em jamais ceder á emulação, deixando as coisas como são. Plantas resistentes quebram-se ou são arrancadas; as flexíveis resistem.
Isso é aprender a viver com a natureza."

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Tomates Secos












Quer aprender a fazer tomates secos? Vou te ensinar, passo a passo!

Ingredientes

Pegue 3 kilos de tomates vermelhos
escolhas os tomates bonitos,(sem estar machucados)
100 gramas de azeitonas verdes
100 gramas de azeitonas pretas
orégano - 1 a 2 saquinhos
1 colher de sobremesa de sal
5 colheres de sopa de açucar
1 lata de azeite extra-virgem

Modo de fazer:

Limpe os tomates - tire as sementes , divida-os ao meio (corte um pouquinho em baixo e na parte de cima onde nasce o cabinho )
lave-os ,deixe no escorredor ,depois coloque os tomates num tabuleiro, misture o sal e o açucar, vá colocando dentro dos tomates.
Leve ao forno por cerca de 1 hora ,abaixe o forno e deixa cozinhar por mais 3 horas, findo este tempo - provavelmente os tomates estarão desidratados (secos) deixe que esfriem no forno.
Quando estiverem frios, pegue um bonito vidro de compota, esterelize,e vá arrumando os seus tomates.
Escorra as azeitonas, coloque o azeite no vidro (até a metade) , com 2 colheres de sobremesa de óregano - vá alternando as camadas, azeitonas verdes , tomates...azeitonas ,quando terminar - encha de azeite o restante do vidro. O azeite tem que tampar todo os tomates e azeitonas . Tampe o vidro.









Está pronta á sua compota de tomates secos.

Ideal para presentear!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Descobrir o prazer de ler

O Ato de Ler

Assim como tantos outros escritores , que não resistiram á tentação de avaliar o ato de ler, seja do ponto de vista da aquisição de conhecimentos , seja do ponto de vista do puro prazer, ou como um ato que envolve os dois processos concomitantemente , Marguerite Duras - escritora francesa contemporanêa - nos dá também o seu depoimento: o da leitura como fonte sempre renovada de prazer.

***

Eu leio de noite. Não consigo ler se não for de noite. Quando criança também lia de noite, no escuro da hora da siesta que esvazia a cidade como a própria noite. Peguei esse hábito com minha mãe, que me disse - sem maiores explicações - que se deve ler no tempo vago. Assim a leitura tomou o lugar do sono na hora da siesta, da mesma forma que,mais tarde, tomou o lugar do sono de noite.

Nunca leio em vez de escrever, conversar com alguém ou por estar chateada. Com um repentino prazer percebo isto - nunca leio por estar aborrecida. Na casa de minha mãe, nunca ouvi alguém dizer "Se você está aborrecida, pegue um livro para ler."

Enquanto eu lia, minha mãe dormia. Eu costumava ler deitada nos tapetes ,nas escadas da casa ,nos lugares frescos, escuros. Também era para esses lugares que eu ia quando queria chorar.
Minha mãe nos deixava fazer o que bem entendêssemos , e ler o desejássemos ; líamos tudo o que podíamos , o que nos caísse nas maãos, o que houvesse. Ela nunca verificava o que estávamos fazendo.

Um dia tive uma experiência de leitura que me pertubou muito, e ainda perturba.
Estava voltando das férias , da Itália ou da Côte d'Azur ; não me lembro. Tudo o que sei é que precisava tomar um trem que saía de manhã, muito cedo, e chegava de noite em Paris. Praticamente não tinha bagagem - apenas uma sacola de lona e um livro.
O livro era enorme , uma daquelas edições da Plêiade.

Uma coisa e certa - ainda não tinha lido aquele livro. Deveria ter lido durante as férias, não li, e agora teria quer ler muito rapidamente, tão rapidamente quanto possível, sem demora ; havia prometido ler e devolver o livro num determinado dia
- devia ser no dia seguinte á minha volta das férias , e sabia que, se não cumprisse minha promessa ,nunca mais poderia tomar outro livro emprestado.

Como eu não tinha meios para comprar livros e não sabia como roubá-los , muita coisa estava em perigo. O trem partiu. Imediatamente abri o livro na primeira página - e fui lendo. Acho que não comi nem bebi durante todo o dia. E quando o trem chegou á 'Gare de Lyon' já era tarde da noite. Provavelmente o trem tinha atrasado e já passava da meia-noite. E eu tinha lido 800 páginas de Guerra e Paz em um dia - metade do livro.

Precisei de muito tempo para esquecer como tinha lido aquele livro. Durante muito tempo me pareceu que havia traído a própria leitura . Agora , lembrando esses fatos , ainda acho a experiência perturbadora. Alguma coisa tinha que ser sacrificada em minha rápida corrida pelo livro - realmente uma outra leitura. Eu havia me limitado á história , á custa da profunda , receptiva leitura do texto
de Tolstoi. Foi como se naquele dia eu tivesse percebido , de uma vez por todas, que um livro tem duas camadas: uma em cima, a camada que me ficou inacessível. A pessoa só percebe a existência dessa segunda camada em um momento de distração da leitura literal, da forma que se vê a infância através de uma criança.

Nunca esqueci Guerra e Paz. Será que li a outra metade? Acho que não; mas é quase como se tivesse lido. Devolvi aquele livro e tomei outros emprestados. Daquele dia o que ficou foi a imagem de um trem atravessando a planície ; o sofrimento do princípio...e a lembrança de minha traição á leitura.

Poucas vezes já li em praias ou jardins . Não é possível duas luzes ao mesmo tempo,
a luz do livro e a luz do dia. Só deve ler com luz elétrica , o aposento escuro e só a página do livro iluminada.

Pode parecer que leio quaquer coisa , de qualquer jeito. Na verdade não faço isso. Sempre li os livros que as pessoas recomendavam - apenas as pessoas, amigos ou leitores em que confio. As pessoas que eu conhecia nunca se baseavam em críticas para saber o que ler e o que não ler. Se eu alguma vez li uma resenha ou crítica de um livro de que gostei, na resenha nunca reconheci o que havia lido. A crítica mata os livros.

No ano passado li as Confissões de Jean-Jacques Rousseau com um pouco menos do prazer que esperava. Depois ,li sete livros de Hemingway em seguida, não conseguia parar - foram sete noites de alegria, de uma alegria sem limites. Mais tarde li
O diário de Samuel Pepys - dessa vez a coisa toda, o homem e a moral de sua época, me
deram um grande desgosto - foi um caso de irreconciliável diferença. Depois, voltei para Diderot e Sophie Volland, para a volumosa e sublime correspondência que surgiu do amor imortal de um pelo outro. Infelizmente só restaram as cartas dele para ela , mas através delas o leitor pode imaginar como ela, sua amante, deve ter sido maravilhosa.

Não existe algo como leitura compulsória. Se a pessoa lê um livro porque é forçada
fica de fora delee fala sobre ele como um robô - apenas para ter alguma coisa que falar sobre ele. Mas o próprio livro fica morto . As crianças que são forçadas a ler por seus pais sabem como a leitura pode ser completamente desnaturada. E os efeitos disso podem durar toda uma vida - toda uma vida em que um livro é algo proibido, inacessível, um objeto de meter medo.

Há pessoas que nunca leêm alguma coisa além das resenhas dos livros, nunca lendo os livros. Pensam que os leram ,falam sobre eles,e ficam contentes consigo mesmas. O que poderia ser feito por tais pessoas? Nada, absolutamente nada. Não vale nem mesmo a pena tentar.
Deve-se deixá-las continuar como são.

Não se deve interferir com os problemas que as pessoas têm com a leitura, ou lamentar que as crianças não leiam, ou ficar impaciente . O que está em questão é uma descoberta fabulosa - a do continente da leitura. Niguém deve insistir
ou pressionar alguém para que leia . Já que existe por aí muita informação sobre a cultura, provavelmente até demais. A pessoa deve partir por si mesma para a descoberta do continente . Descobrir por si mesma. Nascer novamente por si mesma. Precisa ser a primeira a descobrir o esplendor de Baudelaire. E aí está. Se não sentir isso nunca será um leitor, será tarde demais.

Algumas vezes, ver alguém numa condução absorvido na leitura é o bastante para fazer a pessoa querer comprar o livro. Mas não no caso de ficção popular. Ninguém se engana com esse tipo de livro . As duas espécies de livros nunca são expostas na mesma vitrine, nas mesmas casas, nas mesmas maõs . A ficção
popular é impressa em milhões de copias. No que tem sido o padrão
há mais de 50 anos , ás novelas populares servem para uma ligação sentimental,
erótica. Depois de ler esse tipo de livro , as pessoas os deixam nos bancos de jardim , na condução onde outras pessoas os pegam e mais uma vez são lidos . Será que isto é leitura? Acho que é. É uma leitura mínima , mas é leitura , é sair fora de si para encontar o material de leitura, consumi-lo , torná-lo seu, dormir e no dia seguinte ir trabalhar, reunindo-se aos milhões de outross em sua registrada solidão.

Dizem que aquela multidão de faxineiras que todas as noites limpam as lojas de departamentos de Nova Yorque , todas elas param de trabalhar por cerca de uma hora a cada noite para ler os livros que encontram - lá, nas lojas vazias, estão em paz, esperando que o dia comece para irem
para suas casas. É uma imagem maravilhosa. Seria uma pena se não houvesse alguma verdade nela.

'Marguerite Duras'

"Jornal do Brasil", 30.06.85.

Cuscuz de Sardinha

Que tal, experimentar esta receita de cuscuz ? É , uma boa pedida para o almoço de hoje!

Ingredientes

50 gramas de azeitonas sem caroços para decorar
3 tomates picados
4 colheres de sopa de azeite
1 cebola pequena batidinha
2 dentes de alho
1 pimentão verde bem picadinho (lembre-se de tirar a parte branca do pimentão ,esta parte é que faz ele ficar indigesto )
1 pimentão vermelho bem picadinho
1 lata de milho verde, escorrido
1 lata de ervilha escorrida
50 gramas de azeitonas
2 latas de sardinha
1 xícara de chá de molho de tomate , (faça o seu molho caseiro)
3 1/2 xícaras de chá de água fervente
4 ovos cozidos e fatiadas
Sal e pimenta a gosto
4 xícaras de chá de farinha de milho em flocos
1 vidro de palmito (pequeno) cortado em rodelas
Unte a forma redonda com um pouco de azeite

Decoração do cuscuz

Separe umas rodelas de palmito, de ovos, sardinha uns pedaços ,use as azeitonas sem caroços. Antes de despejar o cuscuz, decore a forma com esses ingredientes.

Modo de Fazer:

Numa panela , frite o alho e a cebola no azeite. Junte os tomates e refogue .
Adicione o pimentão, o milho, a ervilha, a azeitona,a sardinha,o molho de tomate, a água fervente ,o palmito , e cozinhe por cerca de 3 minutos.
Acrescente os ovos, sal, pimenta .
Aos poucos junte a farinha e cozinhe por mais 2 minutos. Numa forma redonda de buraco no meio, faça a decoração, despeje a massa e deixe descansar por 30 minutos.
Desenforme e Sirva.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Bolinho de mandioca

Ingredientes

2 xícaras (chá) de mandioca cozida e espremida
2 xícaras de chá de farinha de trigo
1 ovo
sal a gosto
pimenta do reino
2 ovos para empanar
Para empanar use a farinha de rosca

Recheio

Cheiro-verde a gosto
2 tomates sem pele e sem caroços (picado)
350 gramas de carne moída
1 dente de alho socado
1 cebola ,batidinha
4 colheres de sopa de azeite

Modo de Fazer:

Numa panela despeje o azeite - frite o alho,a cebola, até dourar.Adicione a carne, o tomate e refogue bem. Retire do fogo coloque a salsinha,a pimenta e prove o sal. Deixe esfriar.
Misture os ingredientes da massa até desgrudar das maõs.Abra as porções da massa, recheie e feche, formando bolinhos.
Passe no ovo, na farinha de rosca e frite em óleo quente, até dourar . Escorra no papel toalha, e pode chamar a criançada.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Vinho Quente

Vinho quente ou Sangria

Ingredientes

8 cravos da índia
1 laranja em rodelas
1/2 xícara de chá de água fervente
1/2 xícara de chá de açucar
2 canelas em pau
2 xícaras de chá de vinho tinto seco
1/2 limão em rodelas

Modo de fazer:

Numa panela coloque - a água,o açucar ,os cravos, a canela e o limão, deixe até ferver. Abaixe o fogo e deixe cozinhar por cinco minutos. Desligue o fogo, coe, junte o vinho e leve para aquecer. Escalde as canecas e sirva com rodelas de laranja.

Aniversario do Recanto da Lidia

Que legal!
Hoje faz um ano que comecei a postar sistemáticamente, e não é que a brincadeira deu frutos?
Fiz um Blog, que fala de diversos assuntos, biográfias, receitas culinárias,cultura,conhecimentos gerais, história...etc. Nessa brincadeira quem ganhou fomos nós. Certamente , a leitura continua sendo um bom exercício de memória, sabe como? Quando vou postar tenho que ler, muitas vezes , reduzir, ampliar, e depois postar. O mecanismo no início era um pouco complicado, lembro-me quando fui colocar um feed no meu blog.
Parecia que eu estava lendo um hieroglífo, como se não bastasse - inventei de fazer um blog, que me permitisse ter algum rendimento no futuro . Tenho também que selecionar o que vou postar,via de regra são assuntos que eu gosto . Será que se fosse eu o leitor me agradaria ? Sempre me pergunto ,por isso, leio e releio.
Os assuntos são direcionados para um público de 8 a 80 que deseja se informar, mas que também tem um pouco de pressa, já que ás vezes tecla-se em "Lan House", e o
internauta , deseja também fazer outras coisas na web, ver o seu e-mail,teclar com amigos,responder os seus scraps...
E , tenho que postar assuntos relevantes, para que você - acostume-se a ler os post do nosso blog.
Remuneração financeira, ainda não tive mas é claro que aguardo o dia 'D' (dia em que receberei o cheque) .
Continuo animada ,tentando...construir um blog , passo aqui de frente desta tela algumas horas. A minha 1ª tentaiva foi com o meu grupo "Viva não tenha medo de ser feliz".
Tenho comunidades no "Orkut", onde sempre postei para os amigos, e quando percebi que era legal, que as pessoa gostavam do que eu postava, resolvi então fazer um Blog nasceu o "Recanto da Lidia".
Espero estar contribuindo para um mundo melhor, real e virtual. Já está quase na hora do almoço e ainda estou aqui postando...

Até!

Minhas lembrancas

As lembranças vão e vem, assim como aquela visita que ameaça ir embora mas não vai...lembro-me que no domingo íamos almoçar na casa de meus avós (maternos) - minha mãe, meu pai, eu, minha irmã e o meu irmão.
Dia de domingo ,o almoço sempre era mais gostoso , tinha pastéis (a massa era feito em casa ,pela minha avó) ela sempre fazia de carne moída, e para nós -as crianças fazia de banana ,ou goiabada, desnecessário dizer que eram deliciosos. Os adultos tomavam vinho, e as crianças guaraná,refresco de groselha ou refresco de vinho, (misturava-se água da torneira ,vinho e açucar ). Minha avó durante muitos anos trabalhou como
cozinheira, e a sua comida era muito gostosa,sei que era também muito farta.
A comida ficava sempre em cima do fogão em banho-maria , ela dizia : "se alguém chegar a comida vai estar quentinha". Era só a minha avó e meu avó, mas as panelas que minha avó usava para cozinhar eram panelas grandes.
Meu avó (ele era o padrasto da minha mãe - chamava-se Manoel ,mas todos o conheciam como Nézinho). Ele sempre acordava ás 5 horas da manhã - impreterivélmente - fazia o café,ia pegar o pão na Padaria 'Mimosa' tomava o seu café ,pegava a caixa de fósforos e acendia o seu primeiro cigarro do dia , e durante todo o dia, ele não usava mais fósforos pois acendia um cigarro no outro.
Meu avô ,gostava de jogar: bisca, escopa,e quando não tinha parceiros nos deixava jogar com ele. Quando aparecia alguém levantávamos da mesa.
Nunca conheci ninguém mais íntegro ,honesto, caridoso. Quando fizemos a nossa
1ª comunhão ele estava lá, fora isso... não o via frequentando religião alguma ,mas trazia dentro de si ,as virtudes que todo cristão deveria trazer . Ele era aposentado da rede ferroviária ,era maquinista da Central do Brasil. Nos contava que quando entrou para a rede , era fogista - o trabalho de um foguista consistia em botar o carvão numa espécie de fornalha , depois subiu de posto e passou a maquinista, sei que amava o que fazia - conduzir uma Locomotiva.
Na minha infância ,o nosso país possuia uma grande malha ferroviária ,qualquer lugar ,a população ia de trem. (hoje seria impossível reconstruir esta malha ferroviária, em vários trechos,
a população invadiu e construiu as suas casas no leito da via férrea. Claro que não precisaria ter acabado com os trens de passageiros (hoje na sua maioria só vemos trens de carga).
Ele quando recebia o seu pagamento ,comprava uma carroça de gêneros alimentícios, mas quando digo carroça - era verdadeiramente uma carroça - (não é no sentido figurado) os sacos iam fechados , arroz , feijão, fubá ,farinha ,macarrão, banha de porco...ele sentava e ia distribuindo num 'balaio' os mantimentos .Para cada família que ele ajudava, algumas famílias ele levava na própria casa o balaio com os mantimentos.
Não tinha nem um pouco de vaidade, não ligava de andar com a camisa remendada,ou com os sapatos velhos. Lembro-me um dia ,quando a minha mãe comprou para ele uma camisa nova, na cor azul de mangas compridas. Era para comemorar o seu aniversário.
Meu avô, gostava muito de comemorar os nossos aniversários...o da minha avó, o dele e o meu. Talvez ,por ter nascido num dia de um santo que ele gostava muito, dia de São João, e desde a mais tenra idade ,eles levantavam soltando fogos.
Minha avó ,convidava as pessoas assim: Vá no dia tal...na minha casa vai ser aniversário da minha neta, vou matar 22 frangos, 1 leitoa, 2 cabritos, não sei ...quantos barris de choppe.
Os doces e o bolo eram feitos na casa da Dona Maria Almeida. (uma doceira da cidade de Três Rios ). Tinha sanfoneiro, barraquinhas de bambu, quadrilha,(dança típica junina ) Meu avó também gostava muito do Natal, ele fazia aniversário no dia 23 de dezembro,nasceu em 1900.
Dormia cedo , gostava de ouvir os programas da Rádio Nacional ,naquela época as novelas eram radiofônicas - tinha novelas ,e duas em particular , ele era fã:
"O Anjo" e "Jerônimo o herói do sertão" , primeiro ouvia o anjo,depois vinha o Jerônimo e logo após vinha a Voz do Brasil - começavam as 18:00 horas e terminavam as 20:00 horas. Dali ele já não levantava mais ,dormia sempre ao mesmo horário e se levantava no mesmo horário também.
Até, hoje - eu me lembro do meu avô.

Á sua benção.

Bolo cremoso de fuba

Ingredientes

1 xícara de chá de açucar
1 xícara de chá de farinha de trigo
3 ovos
1 xícara de chá de óleo
2 1/2 xícaras de chá de leite
1 xícara de chá de fuba
2 colheres de sopa de queijo parmesão ralado
1 colher de sopa de fermento em pó
margarina para untar
polvilhar com açucar de confeiteiro

Modo de Fazer

Bata no liquidificador - os ovos,oléo,o leite,o fúba, o parmesão, a farinha de trigo,
o açucar e por último o fermento em pó.
Bata por cerca de 5 minutos.Unte a forma com margarina e polvilhe com um pouquinho de farinha de trigo.
Leve ao forno, pré-aquecido por cerca de 40 minutos ou até que ao enfiar um palito,este saia seco.
Retire do forno , deixe esfriar , desenforme polvilhe com o açucar de confeiteiro e sirva.

Delícia!

domingo, 7 de setembro de 2008

Circunstancia

Maquiavel



Os prudentes tiram ,em suas ações, o melhor partido das circunstâncias, e, embora forçados pela necessidade a tomar uma determinada atitude, sabem aparentar que
o fazem por sua própria vontade.

Coelho boa pedida

Coelho ao forno

Ingredientes

1 coelho cortado em pedaços
2 colheres de sopa de mostarda
1 vidro de champignos , cortados em lâminas
1/2 copo de conhaque
1 copo de vinho branco
2 latas de creme de leite
manteiga - 2 colheres de sopa
sal a gosto
1 xícara de chá de óleo
farinha de trigo (1 xícara de chá)

Modo de fazer:

Tempere bem o coelho com sal, alho e pimenta,junte o vinho e deixe repousar (de 3 a 4 horas). De vez em quando mexa os pedaços de frango (para que fique bem temperado) feito isso, retire o coelho do tempero, enxugue e passe os pedaços levemente na farinha de trigo.
Frite aos poucos na manteiga - misturada com óleo.
Quando os pedaços ficarem dourados , arrume num pirex ou assadeira.
Aqueça o conhaque, espalhe sobre o coelho e coloque fogo para flambar. Após este procedimento, pincele cada pedaço de carne com mostarda e regue com o vinho branco
(que foi temperado) junte também um pouco da gordura em que foi cozido . Cubra
com papel alumínio e leve ao forno para assar. Regue de vez em quando com água fervente, logo que a carne fique macia ,cubra com o creme de leite e os champignons.
Acerte o tempero , sirva com arroz branco!

Dá água na boca!

Brigadeiro de forma

Ingredientes

3 colheres de sopa de chocolate granulado
1 colher de sopa de manteiga
1 lata de leite condensado
2 ovos
1/2 lata de creme de leite
2 colheres de sopa bem cheia de cacau em pó

Modo de fazer:

Pegue um refratário de buraco no meio .Reserve
Numa tigela ou liquidificador , junte a manteiga,o leite condensado, e os ovos ,bata muito bem.
Acrescente o creme de leite ,o cacau em pó, até obter uma mistura hemogênea, leve ao fogo , e mexendo sempre deixe que desgrude da panela. Tire do fogo ,deixe esfriar. Passe para um refretário , leve a geladeira por cerca de uma hora, decore com chocolate granulado.

sábado, 6 de setembro de 2008

Um Fio de Cabelo

A análise de um fio de cabelo,pode detectar cientificamente, o que está sobrando ou faltando em nosso organismo.
Por exemplo:
Depósitos de ferro -
podem produzir hipertensão ,endurecimento nas artérias,Mal de Parkinson,imunodeficiência ,artrites.
Alumínio:
Está relacionado á doença de Alzeimer.
Centenas de doenças , relacionadas á toxinas de metais, como o zinco, chumbo,níquel ,cobre ,mercúrio, etc.
Esse método de análise auxilia também aos cirurgiões dentistas que podem detectar se os pacientes portadores de restaurações á base de ligas estão sendo intoxicados ou não.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Do Amor ao Proximo




"Vós outros andais muito solícitos em redor do próximo,e o manifestais com belas palavras . Mas eu vos digo: o vosso amor ao próximo é vosso amor a vós mesmos.
Fugis de vós em busca do próximo,e quereis converter isso numa virtude; mas eu compreendo o vosso "desinteresse".
O Tu é o mais velho do que o Eu; o Tu acha-se santificado,mas o Eu ainda não. Por isso o homem anda diligente atrás do próximo.
Acaso vos aconselho o amor ao próximo? Antes vos aconselho a fuga do "próximo" e o amor ao remoto!
Mais elevado que o amor ao próximo é o amor ao lonlínquo, ao que está por vir, mais alto ainda que o maor ao homem coloco o amor ás coisas e aos fantasmas.
Esse fantasma que corre diante de vós ,meus irmãos, é mais belo que vós.Por que não dás a vossa carne e os vossos ossos? Mas tende-lhes medo e fugis á procura do vosso próximo.
Não vos suportais a vós mesmos e não vos queréis o bastante; desejareis seduzir o próximo por vosso amor e dourar-vos com a vossa ilusão.
Quisera que todos esses próximos e seus vizinhos se vos tornassem insuportáveis; assim teriéis que criar para vós mesmos o vosso amigo e o seu coração fervoroso.
Chamais uma testemunha quando quereis falar bem de vós, e logo que a haveis induzido a pensar bem da vossa pessoa, vos mesmos pensais bem da vossa pessoa.
Não só mente o que fala contra a vossa consciência ,mas sobretudo o que fala com a sua inconsciência. E assim falais de vós no trato social, enganando o vizinho.
Fala o louco:"O trato com os homens exaspera o caráter, principalmente quando o não temos."
Um vai após o próximo, porque se procura ; o outro porque se quisera esquecer.
A nossa malquerença com respeito a vós mesmos converte a vossa soledade num cativeiro.
Os mais afastados são os que pagam o nosso amor ao próximo, e quando vós juntais cinco, deve morrer um sexto.
Também me não agradam as vossas festas ;encontrei nelas demasiados cômicos e os mesmos espectadores se conduzem freqüentemente como cômicos.
Não falo do próximo ; falo só do amigo. Seja o amigo para vós a festa da terra e um pressentimento do Super-Homem.
Falo-vos do amigo que leva em si um mundo disponivel,um invólucro do bem - do amigo criador que tem sempre um mundo disponível para dar.
E como se desnvolveu o mundo para ele,assim se envolve de novo :tal o advento do bem pelo mal,do desígnio pelo acaso.
Sejam o porvir e o mais remoto a causa do vosso hoje;no vosso amigo deveis amar o Super-Homem, como razão de ser.
Meus irmãos, eu não vos aconselho a amar ao próximo; aconselho-vos o amor ao mais afastado."

Assim falava 'Zaratustra.'

(Nietzsche)

Anote o pensamento

Entre o passado que foge de nós e o futuro que desconhecemos está o presente em que residem os nossos deveres.

A.B.Gasparin

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Virgem de Guadalupe

No início de mês de dezembro de 1531, Juan Diego chegou perto de uma pequena serra chamada Tepeyac. Ali, ouviu sobre a serra um canto muito lindo, suave e agradável.
E, quando cessou o canto ,ouviu o seu nome ser pronunciado do alto da serra.
Subiu até o cume ,e lá avistou uma senhora mui bela , admirou-se da sua gradeza.
Ela lhe falou:

"Sabe que eu sou a sempre virgem, Santa Maria, Mãe de Deus. Desejo que aqui ,neste lugar ,levantem minha casa sagrada".

Para realizar a minha vontade,vai ao palácio do Bispo do México .
Imediatamente Juan Diego andou para o palácio do bispo e contou-lhe o ocorrido. Mas infelizmente o bispo Dom Frei Juan Zumárraga não lhe deu crédito. Três vezes
aconteceu o mesmo fato, e o bispo não acreditou em Juan Diego. Na última vez o bispo lhe disse que: "Era, necessário algum sinal para que se pudesse acreditar, que quem o enviara era a própria Mãe de Jesus , Mãe de Deus."

No dia seguinte Juan Diego teve uma grande , preocupação : seu tio Juan Bernardino,
estava muito doente ,quase a morte e necessitava de um sacerdote, para se confessar e receber (quem sabe?) a unção dos enfermos. Quando Juan Diego
foi chamá-lo, pelo caminho viu que a Senhora do Céu baixava do cume da serra e
lhe dizia:
"Não estou aqui eu, que sou tua mãe?
Não estás sob minha sombra e proteção?
Não sou eu a fonte da tua alegria?
Não estás nas dobras do meu manto, onde se cruzam os meus braços?
Tens necessidade de alguma coisa mais? Tem certeza que, seu tio já está bom?
Em seguida a Rainha Celestial mandou que ele subisse ao cume da serra para trazer o sinal: As mais variadas flores, muito belas, antes da estação em que deveriam florir , porque era muito estranho que houvessem flores num lugar tão frio... ele colheu as flores e colocou-as nas dobras da sua "tilma",( era, o nome da manta que vestiam os indios aztecas e que era o símbolo da dignidade.)
Juan Diego chegou ao Palácio do Bispo. Contou-lhe o que havia visto, e a sua mensagem. Logo estendeu a sua "tilma" pois tinha as flores no colo. As flores preciosas caíram no chão . Em seguida , ali, se converteu em sinal:
Aparece de repente gravado em sua própria manta, a amada imagem da Virgem Maria, Mãe de Deus, na sua forma e figura em que está agora, onde é conservada na sua casinha em Tepeyac.
Isto, ocorreu no dia 12 de dezembro de 1531 ,quando a America Latina estava sendo descoberta.
O rosto da Virgem de Guadalupe era moreno, mestiço.
Ela se vestia com o símbolos da cultura dos índios aztecas: Cheia de sol, com estrelas em seu manto, plantas, flores em sua túnica. Que represemtam a união do Céu e da Terra. Ela se apresenta grávida, simbolizado pelo laço escuro, e grávida de Deus . Porque em baixo do laço tem, sobre o seu ventre uma pequena flor de quatro pétalas, cujo significado para o povo azteca era a Morada de Deus.
E ,outras coisas mais que a virgem falou com seu povo, não só com palavras, mas também com a sua própria imagem.

O pedido da Virgem de Guadalupe :

"Que todos orassem pela família".

Virgem de Guadalupe: Grava-te também em nossos corações!

Amém!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Perder ganhar


Perder, ganhar, viver

Vi gente chorando na rua, quando o juiz apitou o final do jogo perdido; vi homens e mulheres pisando com ódio os plásticos verde-amarelos que até minutos antes eram sagrados; vi bêbados inconsoláveis que já não sabiam por que não achavam consolo na bebida; vi rapazes e moças festejando a derrota para não deixarem de festejar qualquer coisa , pois seus corações estavam programados para a alegria ;vi o técnico incansável e teimoso da Seleção xingando de bandido e queimado vivo sob a aparência de um boneco ,enquanto o jogador que errara muitas vezes ao chutar em gol era declarado o último dos traidores da Pátria; vi a notícia do suicida do Ceará e dos mortos do coração por motivo do fracasso esportivo; vi a dor dissolvida em uísque escocês da classe média alta e o surdo clamor de desespero dos pequeninos ,pela mesma causa ; vi o garotão mudar o gênero das palavras , acusando a mina de pé-fria; vi a decepção controlada do Presidente ,que se preparava ,como torcedor número um do país, para viver o seu grande momento de euforia pessoal e nacional, depois de curtir tantas desilusões do governo; vi os candidatos do partido da situação aturdidos por um malogro que lhes roubava um trunfo poderoso para a campanha eleitoral ; vi as oposições divididas,unificadas na mesma perplexidades diante da catástrofe que levará o povo a se desencantar de tudo ,inclusive das eleições; vi a aflição dos produtores e vendedores de bandeirinhas ,flâmulas e pela quarta vez, e já agora destinados á ironia do lixo; vi a tristeza dos varredores da limpeza pública e dos faxineiros de edifícios , removendo os destroços da esperança; vi tanta coisa nas almas...
E chego á conclusão de que a derrota, para a qual nunca estamos preparados , de tanto não a desejarmos nem a admitirmos previamente ;é afinal instrumento de renovação da vida. Tanto quanto a vitória, estabelece o jogo dialético que constitui o próprio modo de estar no mundo.
Se uma sucessão de derrotas é arrasadora , também a sucessão constante de vitórias traz consigo o germe de apodrecimento das vontades, a languidez dos estados pós-voluptuosos,que inutiliza o indivíduo e a comunidade atuantes. Perder implica a remoção de detritos: começar de novo.
Certamente, fizemos tudo para ganhar esta caprichosa Copa do Mundo .Mas será suficiente fazer tudo, e exigir da sorte um resultado infalível? Não é mais sensato atribuir ao acaso,ao imponderável, até mesmo ao absurdo ,um poder de transformação das coisas, capaz de anular os cálculos mais científicos?
Se a Seleção fosse á Espanha , terra de castelos míticos , apenas para pegar o caneco e trazê-lo na mala,como propriedade exclusiva e inalienável do Brasil,que mérito haveria nisso? Na realidade ,nós fomos lá
pelo gosto do incerto ,do difícil ,da fantasia e do risco,e não para recolher um objeto roubado.
A verdade é que não voltamos de maõs vazias porque não trouxemos a taça. Trouxemos alguma coisa boa e palpável, conquista do espírito de competição. Suplantamos quatro seleções igualmente ambiciosas e perdemos para a quinta. A Itália não tinha obrigação de perder para o nosso gênio futebolistíco. Em peleja de igual para igual, a sorte não nos comtemplou. Paciência , não vamos transformar em desastre nacional o que foi apenas uma experiência, como tantas outras, da volubilidade das coisas.
Perdendo, após o emocionalismo das lágrimas , readquirirmos (ou adquirirmos, na maioria das cabeças) o senso da moderação,do real contraditório,mas rico de possibilidades, a verdadeira dimensão da vida.
Não somos invencíveis. Também não somos uns pobres-diabos que jamais atingirão a
grandeza, este valor tão relativo,com tendência a evaporar-se.
Eu gostaria de passar a mão na cabeça de Telê Santana e de seus jogadores, reservas e reservas de reservas, como Roberto Dinamite, o viajante não utilizado , e dizer-lhes, com esse gesto,o que em palavras seria enfático e meio bobo. Mas o gesto vale por tudo,e bem o compreendemos em sua doçura solitária. Ora o Telê !Ora, os atletas!
Ora a sorte! A Copa do Mundo de 82 acabou para nós ,mas o mundo não acabou. Nem o Brasil, com suas dores e bens. E há um lindo sol lá fora, o sol de nós todos.
E agora ,amigos torcedores , que tal a gente começar a trabalhar,que o ano já está na segunda metade?

("Jornal do Brasil" , 7.7.82)

Carlos Drummond de Andrade

Em 1982 ,após a derrota que desclassificou a seleção brasileira de futebol da Copa do Mundo, Drummond extraiu dessa decepção uma lição de vida. Que tal relermos esta crônica?

Despoluicao pelas Plantas


Que as plantas são amigas do homem, isso já sabemos desde o curso primário, mas agora a ciência , provou, e comprovou , o que os nossos mestres tanto nos falavam, a "amizade" das plantas ,com o ser humano.

Vejamos:

Num artigo que li, dizia: 'As Plantas que despoluem.'

Uma forma eficiente de despoluir o ar que respiramos e proteger a nossa saúde é fazermos usos de determinadas espécies de plantas (todas nos ajudam,mas especificadamente ,essas são as melhores) que eliminam poluentes pesados.
A NASA descobiu uma variedade de plantas com esse fim.

a) As filodendros - jibóia, costela-de-adão, ficus,hera-miúda, seringueira, e figueiras.

b) As orquídeas e os 'inimigos mortais' do gás carbônico
- margaridas e crisântemos .
A ação purificadora é exercida pelas folhas raízes e até, mesmo pelas bactérias contidas sob a terra.
Como se vê, mais um motivo para reflorestar as áreas devastadas.

Mãos a obra!