domingo, 31 de maio de 2009

Igreja Nossa Senhora de Santana

No Bairro do Lavapés, em 1853 por iniciativa de comerciantes portugueses ali radicados, que eram devotos de Sant'Ana , foi criado uma Irmandade que angariou fundos para o início das obras da construção da Igreja, concluída em 1855.
Com a ajuda da Irmandade, construi-se o altar-mor, e a imagem da Padroeira foi ofertada pelo fazendeiro João Jacinto de Couto. Foi a terceira Igreja construída na cidade de Paraíba do Sul.
De arquitetura simples, sua estrutura original não resistiu ao tempo e na tentativa de restauração nos anos 50, seu estilo arquitetônico foi totalmente descarcterizada.


A vida e um trem que passa


(acervo: Lidia M. Pereira)

A vida é o trem que passa
Os sonhos são vagões
O amor é o maquinista
Somos nós, a estação!

Adquira seu bilhete, faça sua escolha
O trem vai seguindo continuadamente
Em cada vagão, o desejo de sua mente
...há também tristezas, desilusões
Com a passagem na mão, escolha!

A viagem, se longa não sabemos
A bagagem é cada dia vivenciada
Mudar o rumo, podemos
Sem mesmo saber da parada

A estação nunca pode estar vazia
Será sempre um passeio viver
Se sentar na janela, aprecie
Tudo é passagem, algo pode reter

Cada dia que passa é contagem regressiva
Viaje como se cada instante fosse único
Cada olhar como se fosse o último

Respire fundo, o caminho é longo
Encontrará adversidades
...tristezas
...saudades
...abismos
...retas
.curvas
inúmeras serão as vezes
que não veremos o que há além da curva
Mas o percurso seguirá sonhando

A vida é uma viagem
Somos mutantes
Somos passageiros
Somos nuvens
Somos fumaça

Por não saber decifrar o mapa da vida
Algumas vezes nos perderemos no trajeto
Mas, para quem sonha, nada é impossível
nunca se perde, sempre se encontra

Escute, ouça, é o apito de mais uma partida
Poderá estar partindo para novos lugares
sem roteiros
sem destino
sem poente ou nascente
A direção é para a felicidade
Conduzirá e será conduzido
O maquinista sempre atento
na história, na vida

De tudo que viver, uma coisa é certa:
Não se canse da viagem, prossiga
Lute, grite, implore
Mas não desista
...se cansar, acene, sorria
O maquinista não te deixará
Não hesite, não tema
Onde parar, um coração
certamente o acalentará

A viagem prossegue
...e sabendo onde quer ir
Vá seguro, você consegue
Sabendo sempre que vai valente...
sua viagem será eternamente...
no vagão de primeira classe.


Marillene S. Ribeiro

Ultimo poema de Davi

Estas são as últimas palavras de Davi:

"Oráculo de Davi, filho de Isaí - oráculo do homem que foi exaltado, do ungido do Deus de Jacó, do cantor dos salmos de Israel.
O Espírito do Senhor fala por mim, sua palavra está na minha língua.
Deus de Israel falou, o rochedo de Israel me disse:

O que governa com justiça, o soberano temente a Deus.
É como a luz da manhã quando se levanta o sol.
Manhã sem neblina, que faz cintilar de orvalho a relva da terra.

Sim, minha dinastia é estável diante de Deus;
Ele fez comigo aliança eterna,
A ser observada com absoluta fidelidade.
Minha salvação e inteira felicidade não é ele quem faz germinar?

Os homens maus são como espinhos
Que todos evitam e ninguém pega com a mão;
Que se recolhem com um ferro ou com uum cabo de lança,
E são queimados no fogo.

A lenda de Procusto




Na velha e boa mitologia grega, havia um personagem muito cruel que se chamava Procusto. Procusto era um malfeitor que morava numa floresta. Ele tinha mandado fazer uma cama que tinha exatamente as medidas do seu próprio corpo, nem um milímetro a mais, nem um milímetro a menos. Quando capturava uma pessoa na estrada, Procusto amarrava-a naquela cama.
Se a pessoa fosse maior que a cama, ele simplesmente cortava fora o que sobrava. Se fosse menor, ele a espichava e esticava até ela caber naquela medida. Procusto foi morto pelo herói Teseu, o mesmo que depois matou o minotauro.
Para Marcos Bagno, em Pesquisa na Escola: o que é, como se faz é fácil decifrar a simbologia desse mito. Procusto representa a intolerância diante do outro, do diferente, do desconhecido. Representa a visão de mundo totalitária daquele sujeito que quer moldar todos os demais seres humanos à sua própria imagem e semelhança. É a recusa da multiplicidade, da diversidade, da criatividade, da originalidade: “Quem não se conforma ao meu tamanho, não pode andar solto por aí, a menos que vá jogando fora tudo o que eu não tenho até caber na minha medida, ou a menos que se espiche e se estique até ter o mesmo que eu e ser igual a mim”.
Para o autor em questão, o espírito de Procusto esteve presente em várias etapas da história da humanidade. Esteve presente durante a Inquisição, que condenou à fogueira tudo o que não se encaixava nos moldes da Igreja. Esteve presente na caça às bruxas, que levou milhares de mulheres, cujo único crime era saber um pouco mais que os homens a quem deviam submissão. Esteve presente na conquista da América, que representou o extermínio de civilizações inteiras de norte a sul do continente. Esteve presente no longo e doloroso processo de escravização de milhões de negros africanos. Esteve presente nos campos de concentração, onde os nazistas eliminaram milhões de judeus, ciganos, homossexuais e todo e qualquer opositor ao regime. Esteve presente nos regimes totalitários de esquerda e de direita que imperaram depois da 2ª Guerra mundial em vários países do mundo.

(digitação: Gabi)

sábado, 30 de maio de 2009

Estacao de Trens de Paraiba do Sul

"Estação Ferroviaria de Paraiba do Sul"

A primeira Estação Ferroviária da cidade de Paraíba do Sul foi inaugurada em 1867, pelo então Imperador D. Pedro II, e posteriormente demolida. Sua localização era nas proximidades onde hoje é o restaurante "Botequim da Corte".
Em 1898 c constroi-se a atual, projeto e execução do engenheiro Paulo de Frontin para servir a sua ferrovia, "Melhoramentos do Brasil" , no período de 1898 até 1903, quando então foi incorporada pela "Estrada de Ferro Central do Brasil" e passou a se chamar 'Linha Auxiliar'.
Construída em base de pedra e tijolos maciços, tendo ao lado oito portas e duas janelas em folha dupla de madeira e folhas de caixilhos de vidro externos. A
marquise da plantaforma possui sustentação com colunas e estruturas de ferro.
Em 1913 o prédio da Estação sofreu ampliações, sendo construída uma nova plataforma junto a atual Avenida Ayrton Senna e a passagem subterrânea entre as plataformas que facilitava o tráfego de passageiros.
Hoje abriga o Centro Cultural, administrado pela Fundação Cultural de Paraíba do Sul onde funcionam: Lojas de Artesanato, Meseu Ferroviário, Museu Iconográfico, Galeria Cultural, Memorial dos Prefeitos e Cinema Popular
È a estação central o ponto de partida do passeio turístico do Trem da Estrada Real.



(Obs. da autora do Blog)

A grande mudança aconteceu , graças aos esforços do ex-prefeito da cidade Srº Rogério Onofre de Oliveira. A estação de Paraíba do Sul encontrava-se em total abandono, servindo de abrigo aos mendigos ,que dali faziam a 'sua casa de morada', tal era o abandono pelos
orgãos públicos . Poucas pessoas atreviam-se a passar pelo pátio da estação.
Na gestão do ex-prefeito Rogério Onofre de Oliveira em Paraíba do Sul, a cidade ganhou 'cara nova' . Embora , algumas pessoas contrárias as mudanças , e inconformadas com o progresso que bafejava a cidade. 
falavam (a boca pequena) que era tudo maquiagem .
Mas ,basta ver a estação. Todo este espaço estava totalmente abandonado por várias gestões administrativas, inclusive a passagem subterrânea ,que estava cheia de entulhos . Tudo foi revitalizado com o governo Rogério Onofre. Se não tivesse ele passado por aqui certamente , Paraíba do Sul seria igual a dezenas de cidades brasileiras , que perderam a sua memória , o seu patrimônio cultural, onde as estações de trens foram demolidas - tamanho o descaso e abandono dos poderes executivos e legislativos.

(estação ferroviária de Paraíba do Sul)


(local da primeira estação de trens de Paraíba do Sul)

























Memorial dos Prefeitos da cidade de Paraíba do Sul - postagem 30/05/2009

Experiencias Educacionais

Introdução

Neste trabalho tentarei mostrar o lócus ocupado pela educação escolar na sociedade centrada no conhecimento. Para que isto possa ser efetivamente visualizado, abordarei de forma resumida quatro experiências educacionais em diferentes regiões do Brasil.
Para começar, utilizei como base o texto Movimentos Sociais, Políticas Públicas e Educação, de Maria da Glória Gohn e o texto Função Social da Escola, de Vera Lúcia Pereira Costa. Em seguida passo ao relato das experiências supracitadas, analisando os aspectos principais, os desdobramentos político-sociais as dificuldades enfrentadas e as críticas. A análise foi feita na seguinte ordem: 1) A Experiência da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte e o Projeto Escola Plural; 2) Formação de professores leigos e o Projeto Inajá; 3) Plano de Educação Municipal da Rede Pública de Diadema; 4) Escola Cidadã: Políticas e Práticas.
Espero que o diálogo entre os textos e as experiências educacionais possibilite o estabelecimento de referências para a percepção das contradições e avanços da educação no Brasil.

Movimentos Sociais, Políticas Públicas e Educação

Nos anos 90, a cidadania foi incorporada nos discursos oficiais e passou a equacionar a idéia de participação civil, de exercício da civilidade, de responsabilidade social de todos os cidadãos. Os cidadãos passam a ser vistos como sujeitos de direitos e deveres que envolvem sua participação em arenas públicas, via parcerias nas políticas sociais governamentais. A visão governamental procura enxergar os desejos, sentimentos, sonhos e emoções dos cidadãos, e não apenas suas carências materiais. São adotadas políticas que resgatem a autoestima dos indivíduos e o sentido de pertencimento a uma dada comunidade. Para que essas políticas sejam operacionalizadas de forma diferente, no entanto, é necessário que existam espaços públicos que sejam realmente representativos, com participação efetiva da comunidade.
No novo cenário, a sociedade civil se amplia para entrelaçar-se com a sociedade política, colaborando para o caráter contraditório e fragmentado do Estado nos anos 90. Desenvolve-se o novo espaço público onde irão situar-se as redes e articulações entre a sociedade civil e representantes do poder público para a gestão de parcelas da coisa pública que dizem respeito ao atendimento das demandas sociais.
A importância da participação da sociedade civil se faz para democratizar novas alternativas e prioridades às políticas que atendem às questões de emergências, a partir dos recursos destinados às áreas sociais.
Para a autora, as lutas e demandas dos movimentos sociais deste novo milênio podem ser descritas em torno de treze eixos. Interessam-nos, mais especificamente, os movimentos sociais na área da educação.
Articular a escola com a comunidade educativa, além de ser um sonho, é também uma demanda da sociedade atual. O conceito de educação aqui envolve a educação formal, a informal e a não-formal. O campo dos movimentos sociais envolve ações tanto na educação formal (escolar), como na educação não-formal (aprendizagens obtidas pela experiência de participar em programas sociais, lutas por direitos e cidadania em geral). A própria escola, em muitos bairros, buscando soluções para problemas como a segurança, a violência entre os jovens e o universo das drogas, passou a desempenhar o papel de centros comunitários, buscando parcerias com outros organismos e associações organizadas. Assim, as escolas passaram a ser, além de espaços de formação e aprendizagem da educação formal, centros de desenvolvimento da educação não-formal.
Tendo em vista que os principais sujeitos da sociedade civil organizada são os movimentos sociais, é importante registrar que os movimentos pela educação têm caráter histórico, são processuais e ocorrem também em outros espaços institucionais. Movimentos sociais pela educação abrangem questões tanto de conteúdo escolar quanto de gênero, nacionalidade, etnia, etc., por isso são fontes e agências de produção de saberes. As lutas pela educação envolvem a luta por direitos e são parte da construção da cidadania.
As principais inovações no campo democrático advêm das práticas geradas pela sociedade civil que alteram a relação estado-sociedade e constroem novas formas de agir político. Criando novas possibilidades concretas para o futuro em termos de alternativas democráticas, as novas práticas (como os conselhos, os fóruns, as assembléias populares e as parcerias) constituem um novo e diversificado tecido social.
A nova esfera pública se faz agora, através da participação dos cidadãos em conselhos e fóruns institucionalizados. Isso não deve significar, porém, a transferência de responsabilidade dos gestores públicos estatais para os representantes da população. O compartilhamento da gestão não significa substituição do gestor e de suas responsabilidades. A participação da população deve ser para fiscalizar o Estado e fazer com que ele cumpra seus compromissos constitucionais, e não para substituí-lo. O caminho da emancipação social deve buscar completamente a democracia representativa com a democracia participativa.
A autora destaca os conselhos de gestão como um importante instrumento de democratização do espaço público na medida em que estes funcionem como um espaço de decisão, com capacidade e poderes normativos válidos, e não como instâncias consultivas e opinativas ou um espaço virtual. A gestão compartilhada (como a que existe em forma de conselho) deve conceber a gestão pública como instrumento que atua em nome dos direitos da maioria e não de grupos específicos. Para isso, é preciso desenvolver saberes que orientem as novas práticas sociais e é preciso lançar um novo olhar em relação ao papel da escola num dado território.
Precisamos de uma nova educação, que forme o cidadão para atuar no presente e transforme antigas políticas em políticas emancipatórias. Isso se faz a partir da gestão compartilhada escola/comunidade educativa, de acordo com suas necessidades. É preciso reconhecer a existência e a importância da educação não-formal no processo de construção de uma sociedade democrática, sem injustiças. A articulação da educação formal com a não-formal pode dar vida e viabilizar mudanças significativas na educação e na sociedade como um todo.

Quatro Experiências Educacionais:


1. A Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte–Projeto Escola Plural


Esta análise refere-se à experiência da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte com relação à luta pela gestão democrática da escola pública e do sistema municipal de educação destacando quatro momentos: a luta pela democratização do país e da escola nos anos 70/80; o projeto Escola Plural; a construção do Sistema Municipal de Educação de Belo Horizonte; as contradições das políticas de valorização do magistério como parte da gestão democrática do sistema educacional.
A rede municipal educacional de Belo Horizonte já vem participando, ao longo de vinte anos, do movimento de renovação pedagógica de defesa da escola pública, gratuita, de boa qualidade e com gestão democrática. Prova disso é a construção de alternativas educacionais, a busca de um maior controle sobre seu fazer pedagógico e a presença de profissionais da educação em congressos, conferências e Conselhos Municipais.
Alguns momentos se destacaram. Em 1983, o debate central no Congresso de Educação foi a eleição direta para direção de escola (que se tornou lei em 1989, após muitos anos de luta e resistência); a formação de colegiados e assembléias escolares como instâncias de participação do conjunto dos usuários da escola pública (que, ao longo dos anos, passaram a ter poder de deliberação sobre um grande número de assuntos, ampliando a participação da comunidade na gestão escolar) e a construção coletiva dos projetos político-pedagógicos comprometidos com a classe trabalhadora, garantindo o acesso e a permanência de todos na escola.
No Congresso de 1990, foram debatidas e deliberadas questões sobre a função da escola pública, a organização escolar, as normas e os critérios para o quadro do magistério. Surgiram, então, muitos projetos elaborados pelas escolas que eram aprovados, mas não contavam com a sustentação financeira do Município pela ausência de um projeto político-pedagógico global da Administração Municipal.
Em 1994, foi apresentada a proposta global, denominada Escola Plural. Segundo o cronograma apresentado, o projeto iniciaria em 1995, nas turmas de pré-escolar até a 4ª série. As demais séries do 1º grau ficariam para o ano de 1996.
O projeto não foi acolhido unanimemente, já que uma série de projetos experimentais estavam em andamento em diversas escolas e tiveram que ser deixados de lado para caminhar-se por um caminho escolhido pela administração municipal.
As bases da Escola Plural foram apresentadas em um documento contendo quatro núcleos principais: os eixos norteadores, a organização escolar, a abordagem sobre os conteúdos e processos escolares e a questão da avaliação.
Um aspecto interessante do projeto, que quebrava a lógica de transmissão e acumulação do conhecimento a partir de idades homogêneas, foi a reorganização dos Ciclos de Formação Básica em três ciclos: infância (6-9 anos), pré-adolescência (9-12 anos) e adolescência (12-15 anos).
Nas escolas onde este projeto foi implementado, o número de professores foi estabelecido na proporção de três professores para cada duas turmas ( o que ocasionou aumento de pessoal em algumas escolas e redução em outras que possuíam um quadro diferenciado de profissionais em função da realização de projetos específicos com seus alunos) e foram extintas as funções especializadas como Artes e Educação Física ( o que ocasionou a descontinuidade do trabalho nessas áreas).
O processo de aprendizagem na Escola Plural foi concebido como global, por isso, todos os sujeitos e parceiros do processo deveriam participar da avaliação. A periodicidade da avaliação do processo educativo de cada Ciclo de Formação seria semestral e realizar-se-ia nos Conselhos de Ciclos (compostos pelos professores do ciclo, representantes dos alunos e um representante da coordenação pedagógica). Haveria ainda os Conselhos de Pais para discutir e avaliar o processo educativo da turma. Essa prática, no entanto, ficou limitada a poucas escolas.
Com a LDBEN 9394/96, a administração municipal optou por constituir o Sistema Municipal de Educação. Para isso, realizou várias conferências e congressos discutindo aspectos importantes relativos à Educação. Um dos aspectos mais importantes discutidos nas conferências foi a questão da luta por um espaço de trabalho coletivo remunerado nas escolas. Essa discussão trouxe em seu bojo vários outros desdobramentos: alguns diretores concebiam este espaço coletivo como um desperdício de tempo e prejuízo para os alunos; outra parcela (na maioria professores) via este espaço como instrumento de formação em serviço e de atualização e qualificação profissional. Em 2005, apesar de a III Conferência Municipal de Educação ter aprovado a continuidade das reuniões com dispensa de alunos, a Secretaria de Educação, demonstrando profundo desrespeito com todos os que participavam da conferência, veiculou uma nota afirmando desconsiderar as decisões ali tomadas. Outro aspecto importante a ser ressaltado foi o fato de a prefeitura de Belo Horizonte ter adotado um sistema de organização da administração pública baseado na concepção da Qualidade Total. Como parte deste sistema, adotou a avaliação de desempenho como método para o reajuste salarial.
Estas reflexões acerca da gestão da educação em Belo Horizonte são atuais, pois mostram como a maioria dos governos tratam a participação popular com desdém e ainda não consideram a educação como direito fundamental. A participação popular deve ser vista como um efetivo direito social, como forma de democratização do Estado. Deve-se permitir que o povo passe a se interessar diretamente ( como nos Conselhos, Associações Escolares, Congressos) pelos assuntos que lhe dizem respeito, e que se mantenha informado sobre os acontecimentos de interesse nacional.
Ora, um governo que despreza a participação popular, não pode construir uma gestão democrática com seus funcionários. No geral, estes governos estabelecem com eles uma relação de conflito, desconfiança, desvalorização e não reconhecimento do trabalho realizado.
A luta da rede municipal de Belo Horizonte reflete a luta cotidiana em defesa da democratização efetiva do nosso país, por isso é parte do presente e do futuro da educação pública brasileira.


2. Projeto Inajá –Curso de formação e habilitação de professores leigos em exercício do Magistério, MT (1987-1990)

Este projeto visa, sobretudo, atingir a realidade escolar no contexto rural e indígena, a partir da observação e da experimentação. Esta prática (que rompe com o ensino convencional) utilizou como estratégia principal o Laboratório Vivencial, cuja metodologia teve como fundamentação básica a abordagem etnográfica, para o tratamento do conteúdo observado. Sistematizando o conhecimento empírico, até então disperso, os Cursistas do Projeto Inajá foram chegando a uma visão mais crítica e complexa do mundo, reelaborando suas respectivas histórias de vida ao passarem à condição de Professores, agora não mais leigos.
O Projeto Inajá emergiu de aspirações de um movimento social com características políticas (em decorrência dos anos de ditadura), que foi se firmando como movimento social de tendências mais culturais, com transformações irreversíveis para o processo educacional das populações locais, sem deixar, porém, de afetar os velhos interesses regionais políticos e econômicos. Dentre os problemas educacionais destacavam-se: a não distribuição eqüitativa das escolas do ponto de vista geográfico; a precária formação do professor; o índice elevado de analfabetismo; a significativa taxa de evasão escolar e o grande número de crianças que permanecia fora da escola.
As contribuições deste Projeto extrapolam as “barreiras” escolares e são absolutamente atuais (os problemas encontrados naquela região há vinte anos existem até hoje em muitas regiões do país, mesmo nos centros urbanos). Uma leitura atenta do Projeto permite que pensemos diferentes caminhos ou novas vivências educacionais também nos grandes centros urbanos. Reafirma nosso objetivo primeiro, que é formar um cidadão ético, crítico; sujeito construtor de seu conhecimento em uma perspectiva de capacitação permanente e continuada, para atuar no mundo em que vive. Assim, estará mantido o compromisso coletivo para com o contínuo aperfeiçoamento democrático de nossa sociedade.


3. Plano de Educação Municipal – Rede Pública de Diadema – Janeiro de 1998


Propondo-se a atuar para além de uma visão de governo de curta duração e propondo-se a dialogar com a experiência já acumulada no campo educacional, a administração da prefeitura de Diadema assumiu o desafio de defender a democratização do ensino público e de atuar de acordo com os interesses da população. Colocou-se a perspectiva de ampliar as possibilidades de acesso à escola e cuidar da qualidade do atendimento educacional a todos os alunos.
Buscando ouvir todos aqueles que participam e realizam a educação escolar no dia-a-dia e fundando-se no princípio da defesa do ensino público gratuito e de boa qualidade (contrapondo-se à tendência de transferir para a comunidade a responsabilidade pelo custeio da escola através de serviços voluntários, parcerias, terceirizações e privatização), o Departamento de Educação de Diadema traçou as linhas mestras do Plano de Educação Municipal.
Sem a determinação de um referencial teórico específico, que poderia sugerir a adoção de uma pedagogia oficial, este plano se propôs ser entendido de forma geral, tendendo a desdobrar-se em projetos específicos destinados a promover a Educação infantil, o Ensino Fundamental, a Educação Especial e a Educação de Jovens e Adultos.

4. Escola Cidadã: Políticas e Práticas

Esta experiência aconteceu na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre. Ao longo de três gestões (1989-2000) e se entitula Projeto Escola Cidadã.
Por ser um processo político e coletivo, seu princípio fundamental é a prática da participação dos indivíduos na construção, na implementação e na fiscalização das políticas públicas. O projeto buscou criar mecanismos de desprivatização e democratização que colocassem o aparelho estatal a serviço de interesse da cidadania. Ao invés de decisões tecnocráticas e verticalizadas, o governo municipal estabeleceu um amplo e profundo processo participativo para tomada de decisões. Nesse contexto, a participação popular induz as ações do Estado, atuando na construção e na fiscalização da aplicação das políticas públicas. Aparece aqui o Orçamento Participativo como instrumento mais significativo do processo de democratização e desprivatização do Estado.
Este processo trouxe um crescimento dos investimentos na área das políticas sociais, o que confirma o caráter democratizante das políticas do município de Porto Alegre. O apoio e a participação popular asseguram a prioridade para a inclusão social, para a melhoria da qualidade de vida, principalmente para a população que vive na periferia da cidade.
A construção e implementação da Escola Cidadã a partir de 1993 significou a articulação do projeto educacional com o projeto da Administração popular. Algumas ações democratizantes foram implementadas: a criação das Escolas Infantis e do Serviço de Educação de Jovens e Adultos; a instituição de uma política de recuparação nos salários e de uma política de formação permanente dos educadores; a manutenção de consultorias e convênios com universidades e/ou centros de pesquisa do Brasil e do exterior.
Apesar de muitos avanços, a Rede sentiu dificuldades no que diz respeito ao discurso da punição e da repressão por parte de alguns professores; na superação da concepção de avaliação classificatória e seletiva; na falta de uma consciência cidadã e do trabalho coletivo e da postura corporativa que não percebe a necessidade de retribuir ao cidadão contribuinte um resultado qualificado de ação educativa.
Na segunda gestão, a implantação dos Conselhos Escolares e a aprovação da nova lei de eleição de diretores passaram a cumprir importante papel na democratização da gestão, que traz importante contribuição para a democratização do acesso à escola e do acesso ao conhecimento.
Na terceira gestão foi instituído o Orçamento Participativo interno da Rede para que as escolas pudessem captar recursos para seus projetos e ocorreu a implantação dos Ciclos de Formação em todas as escolas do ensino fundamental.
A escola Cidadã constitui-se uma alternativa real de construção de uma escola pública de qualidade. A escola por Ciclos de Formação vê a aprendizagem como um processo, buscando responder o desenvolvimento do educando como maior flexibilidade do espaço e do tempo, formando sujeitos emancipados e autônomos, capazes de atuar em sua realidade social.

Referências Bibliográficas:

- Escola Cidadã: Políticas e Práticas. / José Clóvis de Azevedo.

- Função Social da Escola. / Vera Lúcia Pereira Costa

- Movimentos Sociais, Políticas Públicas e Educação. / Maria da Glória Gohn

- Mundos entrecruzados: Formação de professores leigos. (Dulce Maria Pompêo de Camargo) – Doraci Alves Lopes

- O Movimento pela Democratização da Gestão Escolar e as Lutas em Defesa da Escola Pública: A Experiência da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte. / Maria da Consolação Rocha – FAE / UEMG / FAPEMIG

- Plano de Educação Municipal – Rede Pública de Diadema – Departamento de Educação. / Frederico Lopes


As referências supracitadas referem-se aos textos trabalhados pela professora em sala de aula ao longo da Unidade III.

Conclusão:

Não podemos pensar em uma sociedade democrática, sem pensar em uma escola que cumpra de forma eficaz e eficiente sua função social.
Se no passado a escola era privilégio das elites, agora o acesso da população brasileira é praticamente universalizado. O desafio agora é melhorar a qualidade do ensino. Eis o grande desafio da escola: fazer do ambiente escolar um meio que favoreça o aprendizado. Para tornar os alunos cidadãos participantes na sociedade em que vivem, desenvolvendo suas potencialidades físicas, cognitivas e afetivas por meio da aprendizagem de conteúdos, a escola precisa ser inclusiva, estabelecer políticas que fortaleçam laços entre comunidade e escola e manter como objetivos explícitos a informação e a formação.
Para que a escola não seja apenas um ponto de encontro, tornando-se também um lugar de crescimento intelectual e pessoal, o professor deve tornar este espaço lúdico e dinâmico, atraindo a atração dos alunos. Utilizando a leitura, a pesquisa, o planejamento e o método dialético como ferramentas eficazes, o professor valoriza as teses dos alunos, cultivando neles a autonomia e a autoestima.
Ora, para que a escola cumpra sua função social com sucesso, no entanto, o bom desenvolvimento das atribuições do coordenador pedagógico e do gestor tem grande relevância. Enquanto o gestor sendo ético e democrático, com sua visão de empreendimento e tendência crítico-social concilia o conhecimento técnico com a disseminação de idéias novas e bons relacionamentos, o coordenador atua como formador do corpo docente, resgatando a autoestima do professor e contribuindo para o crescimento intelectual dos alunos.
É importante ressaltar também, que todas as experiências relatadas neste trabalho – sem entrar no mérito de êxito ou fracasso ou numa escala comparativa entre elas – apontam para a luta cotidiana em defesa da democratização efetiva da escola pública no nosso país. Mostram também que, independente do resultado do processo, a educação política, que se faz através da participação em processos decisórios de interesse público é fundamental e importante em si mesma. A gestão democrática é um efetivo direito social e uma forma de democratização do Estado.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

“O lugar da educação escolar na sociedade centrada no conhecimento.”
Trabalho realizado pela aluna:Cristiane Pereira Fontainha de Carvalho
Professora Eneida , responsável pela disciplina Políticas Públicas e Gestão do
Espaço Escolar


Faculdade de Educação
Universidade Federal de Juiz de Fora

JUNHO

1º SEMESTRE/2009

Nosso rio Paraiba

Para meditar!

Rio Paraiba , devemos olvidar todos os nossos esforços, para que futuras gerações possam também dele colher a substância vital para qualquer ser. Hoje ele reflete o céu , cuidemos para que seja sempre assim.


Acervo - Lidia Machado Pereira

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Teatro Municipal

Origem da Arte Dramática Em Paraíba do Sul



Theatro Municipal Mariano Aranha

Nos últimos anos do II reinado, Paraíba do Sul tornou-se um dos maiores centros produtores de café da província. Consequentemente, a cidade passou por um período de transformações econômica, social, urbanista e cultural.
Surgem os Barões do Café e com eles a construção dos palacetes e prédios oficiais. Época de grande interesse pelas artes literárias, musicais, e dramáticas.
Em 1866, cria-se o grupo de teatro amador "Sociedade Dramática", com prédio próprio, no bairro do Lava Pés. Em 1867, no mesmo bairro, o "Clube Dramático Parahybano". Surge também o "Theatro D. Isabel", com apresentações de algumas companhias francesas, que localizava-se na rua dos Artistas, hoje Marechal
Floriano Peixoto.
Em 1892, inaugura-se o "Theatro Gymanastico Paraybano", as obras para construção do prédio foram iniciadas em 1880, a cargo de uma comissão composta por João Quirino da Rocha Werneck - Barão de Palmeiras , Miguel Ribeiro de Sá - Barão Ribeiro de Sá,
José Gomes Coelho de Albuquerque, Dr° Rufino Furtado de Mendonça e Dr° Jorge Rodrigues Moreira Cunha.
O numerário foi obtido por empréstimo popular (ações) patrocinada pelo Dr° Dias da Rocha.
Sua apresentação de estréia foi a peça Ghigi (5 atos) apresentada pelos amadores do "Grupo Dramático Familiar". Posteriormente cria-se na cidade o "Grupo Dramático Romeu de Albuquerque". Após várias apresentações de companhias teatrais de renome nacional , a Companhia mantenedora do teatro entrou em dificuldades financeiras, sendo o prédio encampado pala Prefeitura e arrendado á Companhia Spine em 1914, que criou o Cine Irís, espaço multiuso para apresentações teatrais e cinematográficas.
A partir de 1930 nossa platéia aplaude Juracy Camargo, Genésio Arruda, Vicente Celestino, Ary Barroso, Lamartine Babo e tantos outros artistas.
O espaço do teatro também foi utilizado para bailes carnavalescos. Foram anos de glória para os sulparaibanos.
No período da Segunda Guerra Mundial os espetáculos foram interrompidos,a frequência do cinema diminue consideravelmente , só retornando o movimento após o final da guerra. Surge uma concorrência com a inauguração de mais um cinema na cidade, ocasionando então a sua paralização, no final dos anos 50, quando já se chamava "Cine Popular".

Nos anos 60 cria-se o "Grupo de Amadores Teatrais Paschoal Carlos Magno". O prédio, após pequena reforma, recebe o nome de "Teatro Procópio Ferreira".Logo
em seguida, o teatro fecha suas portas ficando o prédio em total abandono por 43 anos.
Restaurado, e com construção de anexos em 2004 recebe o nome de "Theatro Municipal Mariano Aranha."


Comentários da autora do Blog


O prédio encontrava-se em total abandono. Mas ,quem o reformou? Ou ,qual governo?
Eu tenho imagens do prédio, totalmente em ruínas ...era assim o Cine Teatro Irís. Graças a visão de um político empreendedor, e provavelmente com muito amor pela nossa cidade, foi restaurado o 'Theatro' da cidade de Paraíba do Sul. Durante a gestão do então prefeito Rogério Onofre, foi realizada a grande reforma no prédio. O prefeito , no exercício do seu mandato restaurou não só o teatro mas, outros prédios que também estavam em situação de risco, abandono e descaso pela municipalidade. E, se não fosse a determinação ,a coragem, provavelmente hoje nada mais restaria,
ficando apenas na lembrança de uns poucos munícipes.





Palacio Tiradentes

"Palacio Tiradentes"

"Câmara Municipal de Vereadores de Paraiba do Sul"

Prédio com características neoclássicas, construído em 1856 para a residência de Simão Dias dos Reis, e armazem de comissário de café, "Casa Comissionária".
Em 1868 é adquirido para abrigar a Câmara Municipal, quando então foi edificada a parte superior, sendo inaugurada em 1872.
A técnica de construção do sobrado é de alvenaria, pedra ,cal, areia e óleo de baleia.
A fachada principal do sobrado, no piso inferior ,é composta de três portas e
quatro janelas arrematadas em cantaria de pedra e na parte superior três portas e balcão com gradil trabalhado em ferro fundido. Todas as paredes laterais
e fundos possuem portas e janelas harmoniosamente iguais. Seu interior possui
um saguão e ao fundo uma suntuosa escada de madeira de acesso ao salão nobre da Câmara. O mobiliário que compõe o plenário é de origem francesa adquirido no período colonial.
Suas cadeiras são em madeira de lei, com assento e encosto de palhinha , entalhes decorativos com ramos de café e o 'Escudo Imperial', cuja Coroa foi cortada em 1889, com a Proclamação da República.
Ao longo dos anos, o prédio sediou serviços públicos: abrigou Coletorias, Tiro de Guerra, Fórum, Posto Médico, Gabinete do Prefeito e Bibliotecas.
Recebeu a denominação de "Palácio Tiradentes em 1950".

Foi revitalizado ,na gestão do Sr° Prefeito Rogério Onofre de Oliveira .



"Câmara Municipal de Vereadores de Paraiba do Sul"





Fonte: Prefeitura Municipal de Paraíba do Sul

Fotografia: Lidia Machado Pereira

Sao Tomas de Aquino

Côn.José Geraldo Vidigal de Carvalhos



Rio Paraiba do Sul

Tomás de Aquino que foi chamado o mais sábio dos santos e o mais santo dos sábios. Nasceu em março de 1225 no castelo de Roca-Sica, perto da cidade de Aquino, no reino de Nápoles . Com apenas cinco anos de idade seu pai, conde de Landulfo d’Aquino, o internou no mosteiro de Monte Cassino. Aí iria ser educado pelos sábios monges beneditinos, ordem religiosa fundada por Bento de Núrsia exatamente naquele local. Tomás fez com raro brilhantismo os primeiros estudos. Mais tarde freqüentou a Universidade de Nápoles. Conheceu então os frades dominicanos, seguidores de Domingos de Gusmão, fundador da ordem dita dos pregadores. Tinha dezoito anos e resolveu fazer-se dominicano. Seus pais e irmãos ficaram decepcionados, pois Tomás era genial e tinha uma carreira fulgurante pela frente. Não queriam que ele fosse um frade de uma ordem mendicante. Como a família o importunasse no Convento de Nápoles, Tomás foi transferido para Paris. À força foi de lá retirado e trazido de volta ao castelo paterno. Tudo fizeram para lhe tirar da cabeça a idéia de ser padre. Nada o convencia: nem rogos, nem promessas de uma existência com tudo que uma família rica pode oferecer. Seus irmãos imaginaram armar-lhe uma cilada. Foi um plano realmente diabólico. Introduziram no seu quarto uma mulher bonita, charmosa, jovem, mas sem moral.
Pensaram eles que Tomás não resistiria. Entregar-se-ia a ela. Desistiria de sua vocação eclesiástica. A provocação era de baixo nível. Grande a tentação. Ao entrar a moça no quarto, Tomás compreendeu que deveria agir sem demora. O perigo era iminente. Então ele que estava entregue a uma piedosa leitura, imediatamente se levantou. Arrancou um tição da lareira. Com ele na mão, como uma espada de fogo, pôs a mulher em fuga.
A moça gritou e sumiu. Tomás, logo que ela saiu foi correndo até à porta, a fechou e a trancou, num impulso natural esmurrou o tição incandescente na porta e traçou nela com o carvão um grande sinal da cruz.
Após dois anos, sua mãe Teodora concordou em libertá-lo. Deixou-se seguir para o convento de Nápoles em 1245, acompanhado pelo Superior Geral, João o Teotônico, Tomás partiu para Paris. Dali foi para Colônia na Alemanha. Foi discípulo de Santo Alberto Magno com o qual logo se afinou culturalmente.
Grande o proveito que tirou das sábias preleções de filosofia e teologia de Alberto Magno, cujos conhecimentos eram enciclopédicos. Com ele Tomás aprendeu que a verdadeira vida de um ser racional é fazer de sua inteligência uma ascensão contínua até chegar aos mais altos conhecimentos inteligíveis, atingindo a ciência da alma e a ciência de Deus. Ótimo discípulo, Tomás se distinguiu entre os colegas, obtendo fama pelo seu talento indiscutível.
Tomás fora dos momentos de debates acadêmicos e das conversações atinentes a assuntos sérios, era calado, reservado.
Além disto não apreciava perder tempo com conversas inúteis. Por isto um de seus colegas o chamou de “o boi mudo”.
Este companheiro, certo dia, levou a Alberto Magno uns apontamentos de Tomás. Foi nesta ocasião que Alberto proferiu a frase que se tornou célebre, pois era uma profecia que se realizou: “Chamais Tomás de “o boi mudo”, mas vos asseguro que seus mugidos ouvir-se-ão por toda a terra”. De fato, até hoje são inúmeros os seguidores de Tomás de Aquino, chamados tomistas. Muito provavelmente foi porque deram a ele o apelido de “o boi mudo” que um dia os frades resolveram brincar com Tomás. Este estava, como sempre, andando no claustro, ou seja, no pátio interior do convento, meditando sobre profundos assuntos referentes a Deus. Alguém o chamou, dizendo: “Vem ver um boi voando”! Tomás, imediatamente, o acompanhou e se pôs a olhar para o alto ao som das gostosas gargalhadas de seus confrades. Estes então lhe perguntaram como, sendo tão inteligente, ele podia pensar que um boi estivesse voando. A resposta de Tomás foi uma lição maravilhosa: “Olhei porque deve ser mais fácil um boi voar do que um frade mentir”. Nunca mais brincaram com ele, respeitando seus instantes de funda reflexão.
Em 1252 Tomás em Paris ensinava como bacharel. Segundo o método da época, deste modo poderia alcançar o título de mestre e doutor. Escreveu neste período comentários ao livro de Sentenças de Pedro Lombardo, obra composta entre 1150 e 1152. Comentou também o Profeta Isaías e o Evangelho de São Mateus.

A morte de Tomáz.

Quando Tomás de Aquino tinha cinqüenta e três anos, a 7 de março de 1274, foi surpreendido pela morte no mosteiro cisterciense de Fossanova. Estava a caminho de Lião onde, por ordem do Papa Gregório X, iria participar do Concílio de Lião. Ainda no leito de morte encontrou forças para falar aos monges sobre o livro da Bíblia denominado Cântico dos Cânticos
Após seu falecimento ele entrou para a História com o título de Doutor Angélico, dada a culminância espiritual que atingiu e a perfeição de sua existência. Conta-se que certa ocasião, diante de um Crucifixo, Tomás ouviu de Jesus estas palavras: “Bem escrevestes sobre mim, Tomás, que prêmio quereis”? Respondeu ele: “Nada senão a Ti mesmo, Senhor”. Prestes a morrer pronunciou estas palavras, após receber a Eucaristia: “De ti, Senhor, me veio o preço da redenção da minha alma! Todos os meus estudos, vigílias e trabalhos foram por teu amor”. Conta-se que naquele dia 7 de março de 1274 Alberto Magno que se achava em Colônia, na Alemanha, com lágrimas nos olhos comunicou aos frades: “O irmão Tomás de Aquino, meu filho em Cristo, luz da Igreja, morreu. Deus acaba de me revelar isto”. Teve, portanto, a longa distância a percepção do falecimento de seu discípulo exemplar. O corpo de Tomás de Aquino repousa na Catedral de Tolouse, na França. Foi declarado Santo pelo Papa João XXII que o canonizou em 1323. Paulo V em 1567 o declarou Doutor da Igreja e Leão XIII o proclamou em 1879 padroeiro de todas as escolas católicas. Venera-se sua memória a 28 de janeiro, dia em que seu corpo foi transladado para Tolouse, em 1369.
Tomás de Aquino acentuou a diferença entre a Filosofia, que estuda todas as coisas pelas últimas causas através da luz da razão, e a Teologia, ciência de Deus à luz da revelação. Mostrou que o homem é o ponto de convergência de toda a criação e que nele se encerram, de certo modo, todas as coisas. Ensinou que há uma união substancial entre a alma e o corpo. Isto é o fundamento maior da dignidade da pessoa humana. Esta é um corpo que está enformado por uma alma ou uma alma a enformar um corpo. Defendeu o livre arbítrio, ou seja, a liberdade da vontade humana para aderir ao bem ou ao mal, donde a responsabilidade moral do homem. Daí a sanção da lei: prêmio para as boas ações e punição para os atos maus. O conhecimento, ensinava Tomás, tem a primazia sobre a ação, pois nada pode ser amado se não for conhecido primeiro. Por cinco vias Tomás prova magistralmente a existência de Deus. Com notável clareza expôs ele a prova tirada do movimento , partindo do pressuposto de que “tudo o que se move é movido por outro”. Raciocina então: “se aquilo pelo qual é movido por sua vez se move, é preciso que também ele seja movido por outra coisa e esta por outra. Mas não é possível continuar ao infinito; do contrário, não haveria primeiro motor e nem mesmo os outros motores moveriam como, por exemplo, o bastão não move se não é movido pela mão. Portanto, é preciso chegar a um primeiro motor que não seja movido por nenhum outro, e por este todos entendem "Deus”. A segunda via é a da causa primeira universal. “Constatamos no mundo sensível a existência de causas eficientes. É, entretanto, impossível que uma coisa seja sua própria causa eficiente, porque, se assim fosse, esta coisa existiria antes de existir, o que não tem nenhum sentido. Ora, não é possível proceder até o infinito na série de causas eficientes, porque, em qualquer série de causas ordenadas, a primeira é causa intermediária e esta é causa da última, quer haja uma ou várias causas intermediárias. Com efeito, se suprimirdes a causa, fareis desaparecer o efeito: portanto, se não há causa primeira, não haverá nem última, nem intermediária. Ora, se fosse regredir até o infinito dentro da série de causas eficientes, não haveria causa primeira, e, assim, não haveria também nem efeito, nem causas intermediárias, o que é evidentemente falso. Portanto, é preciso, por necessidade, colocar uma causa primeira que todo o mundo chama Deus” Por este texto se percebe a clareza com que Tomás de Aquino expõe o seu raciocínio. Com rara habilidade intelectual ele procura o motivo da existência da causalidade no mundo. Assim se chega infalivelmente a uma causa que produz e não é produzida, ou seja, a causa eficiente primeira que é Deus.Em terceiro lugar vem a prova da contingência. Em sentido amplo, contingência significa a possibilidade de um objeto qualquer de não ser, de não existir. É tudo aquilo que pode ser como não ser. É contingente o fato de cada um de nós existirmos. Poderíamos não ter existido. A contingência metafísica significa que contingente é todo ente ao qual a existência não é essencialmente necessária. Eis como Josef de Vries resume esta prova da existência de Deus proposta por Tomás de Aquino: “a prova cosmológica, baseando-se no nascimento e desaparecimento das coisas, conclui a contingência das mesmas, e partindo da mutabilidade própria também dos elementos constitutivos fundamentais cuja origem não pode ser mostrada experimentalmente, infere sua natureza também contingente, provando dessa maneira que o mundo todo é causado por um Ser Supra-mundano” Este é o Ser Necessário que existe por sua própria natureza e não pode nunca deixar de existir. As criaturas nascem, crescem e morrem, são possíveis, não necessárias, ou seja, existem, mas não necessariamente. Se em algum tempo não tivesse havido nada de existente, teria sido impossível para qualquer coisa começar a existir, e, deste modo, também neste caso nada existiria o que seria um absurdo. Existe, portanto, um Ser Necessário que é Deus.“Verificamos que alguns seres são mais ou menos verdadeiros, mais ou menos bons, etc. ora, diz-se o mais e o menos de coisas diversas segundo a sua aproximação diferente de um máximo. Existe, pois, alguma coisa que é o mais verdadeiro, o melhor, por conseguinte, o mais ser. Ora, o que é o máximo num gênero é a causa de tudo que pertence a este gênero. Existe, portanto, um ser que é para todos os outros causa de ser, de bondade, de perfeição total, e este ser é Deus:” Deus possui o ser de modo absoluto, ao passo que as criaturas têm um grau diverso de ser. Isso significa que tal fato não lhes deriva em virtude de suas respectivas essências, caso em que seriam sumamente perfeitos e não em determinados graus.
Este ser é a fonte de tudo aquilo que existe de algum modo. Ele é a perfeição infinita, absoluta. É um ser perfeito sob todos os aspectos que se possam imaginar. Nele se realizam com perfeição suprema todas as possibilidades do ser. O quinto caminho apontado por Tomás de Aquino como prova da existência de Deus é o do finalismo, ou seja, do governo do mundo. Jolivet resume esta quinta via deste modo: “No conjunto das coisas naturais verificamos uma ordem regular e estável. Ora, toda ordem exige uma causa inteligente, que adapta os meios aos fins e os elementos ao bem do todo. Portanto, a ordem do mundo é obra de uma Inteligência ordenadora, transcendente a todo o universo” Esse Ordenador é Deus. De fato, quando se analisa o que ocorre no mundo se verifica que tudo age e opera como se tendesse a um fim. Não se trata de uma idéia mecanicista do universo, como se Deus interviesse juntando partes como acontece com o relojoeiro para constituir um relógio. Trata-se de se perceber a finalidade inata em algumas coisas, coisas que mostram em si mesmas um princípio de finalidade e total unidade. As exceções que se podem atribuir ao acaso não invalidam este raciocínio. Além desta lei eterna e da lei natural, Tomás fala da lei humana, ou seja, jurídica. São normas feitas pelos homens para impedir que se pratique o mal. É a ordem promulgada por quem tem a responsabilidade pela comunidade. Seguindo Aristóteles, Tomás de Aquino considera o Estado como uma necessidade natural. É que o homem é um ser social e precisa de orientações para viver em sociedade. Entretanto, Tomás de Aquino deixa claro que as leis humanas não podem contradizer a lei natural.
Como Aristóteles, porém, Tomás de Aquino na política, acertadamente, ensina que a bondade de um governo, sua eficiência, não dependem de sua forma, mas da honestidade, da competência com que se dedica ao bem comum, ao bem estar dos cidadãos. Seja monarquia, república ou outra forma qualquer, melhor será, concretamente, a que mais se ajustar às necessidades do povo.



Igreja da Casa de Caridade
Paraiba do Sul
(acervo - Lidia M. Pereira)

A Escravidao Africana no Brasil cap II



Motivo é de glória para o Brasil o ter partido daqui um dos primeiros e mais veementes protestos contra o tráfico de africanos. Devemo-lo ao Dr° Manoel Ribeiro da Rocha, presbítero, formado em cânones na Universidade de Coimbra, exercendo a profissão de advogado no foro da Bahia. Ali, escreveu ele (publicando em Portugual, com as devidas licensas do Santo Ofício, do Ordinário e do Paço) a raríssima obra
Etíope resgatado, empenhado, sustentado, corrigido, instruído e libertado (1758), do qual um exemplar existia na extinta Biblioteca Fluminense. Fazendo, com sobeja razão, a apologia da obra e do seu autor, escreveu o citado Cândido Mendes:

"Levantar-se um apóstolo da liberdade humana no foco então mais incandescente da escravidão africana - a Bahia; fulminar o tráfico protegido, a escravidão perpétua e a do ventre, fundando-se nos nossos princípios religiosos e jurídicos, é maravilha que nos deve encher de satisfação e de legítimo orgulho."

Vinte e três anos depois, Condorcet, usando o pseudônimo Joaquim Schwartz, publicava suas reflexões acerca da escravidão dos negros, que não lograram grande influência no mundo político-administrativo francês.
Combatia Condorcet os mais espalhados e acreditados sofismas, os mesmos que, anos depois, deveriam ser reproduzidos na Análise do bispo Azeredo Coutinho.
Em outra parte do opúsculo, propunha os "meios de abolir gradualmente a escravidão dos negros," entre os quais: proibição completa do tráfico; emancipação dos nasciturnos.
A primeira tentativa emancipadora, no terreno prático, foi obra dos Quakers, emigrados para o Norte-América. Operou-se logo no começo do século XVIII quando Fox, Woolman e Penn libertaram seus escravos e desenvolveram ativa propaganda
entre os da sua seita. Nem todos, porém, se comportaram condignamente, pois se
limitaram a transmitir a outros senhores os escravos que possuíam, não adquirindo novos.
Em 1776, a assembléia legislativa de Massachussts proibiu a
entrada de escravos. O Governo britânico recusou sanção á lei. O mesmo aconteceu com a Pensilvânia, a Nova Jersey e a Nova Inglaterra.
Em 1772, tentou a Virgínia obter do soberano inglês a proibição do tráfico. Ainda, este belo gesto não surtiu efeito.
Tal foi a atitude da Inglaterra que, entre as arguições feitas contra Jorge III,em 1789 , aproveitando-se da faculdade que lhes concedera a Espanha, os seus súditos continuaram a traficar escravos, não só nas colônias espanholas de S. Domingos, Cuba, Porto Rico e Caracas como em outras colônias.
Mas, a Inglaterra - cumpre reconhecê-lo - tinha , também se iniciado o movimento
antiescravista, com as vigorosas petições dos negociantes de Bristol e Liverpool, dirigidas ao Parlamento (1778).
Reclamavam eles, com bons argumentos, a abolição do tráfico.
Nada conseguiram. Apenas, em 1784, foi votado um ato (Consolidated slave law), pelo qual era permitido aos escravos adquirirem pecúlio independente.
È aqui o lugar próprio para recordar o início da obra pertinacíssima e exemplificante do famoso Willian Wilberforce.
Era ele membro da Câmara dos Comuns, quando,na sessão de 1787 para 1788, atacou pela primeira vez, com desusada energia, o tráfico, preparando a proposta da sua abolição. Secundado, dentro e fora do Parlamento, por auxiliares da força de Grenville-Sharp, Buxton, Clarkson (que havia fundado a African Institution), depois ajudado por Pitt e Fox, apresentou Wilberforce, sucessivamente, projetos de supressão do tráfico em 1792, 1794 e 1796, conseguindo
fazê-los aprovar pela Câmara a que pertencia. A Câmara dos Lordes, porém, teimosamente, punha abaixo a obra de Wilberforce.
Entretanto, a abolição do tráfico já tinha sido resolvida, ao finalizar o século XVIII, pela Noruega, Dinamarca, Pensilvânia,e pala França.
Portugual, desde 1773, extinguira a escravatura na Ilhas da Madeira e dos Açores.

A escravidão Africana no Brasil

Evaristo de Moraes

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Rua Floriano Peixoto

Patrimônio Arquitetônico Particular

Em 1833, a Vila Paraíba do Sul possuía apenas três ruas, dentre elas a Rua Formosa - atual rua Floriano Peixoto, que fazia parte do trajeto de saída do 'Caminho Novo' em direção as Minas Gerais.
Constando seu traçado na planta da 'Villa Parahyba do Sul' em 1860, sua primeira pavimentação foi realizada no período de 1853 - 1860, por ocasião do calçamento das primeiras ruas da vila.
Na década dos anos 20 registra as obras da nova pavimentação e construção da galeria de esgoto sobre o Córrego do Lavapés. Na esquina com a atual Ayrton Senna, existem antigos estabelecimentos comerciais.
O antigo armazém da 'Madama', que mantém algumas características arquitetônicas originais de sua construção, em meados do século XIX e que sofreram interferência com a colocação de uma marquise na área externa e modificação da estrutura do telhado original. Hoje o estabelecimento é o Armazem do Malheiros. O antigo prédio de construção da mesma época (em frente ) sempre teve funções comerciais, e posteriormente foi construído a sua parte superior, respeitando as mesmas características auquitetônicas, tornando-se um sobrado.

Propriedade Particular

O sobrado encontra-se em excelente estado de conservação


Este era o antigo armazém da Madama - hoje armazém do Malheiros

Paradoxos

Imagem da ponte Paraiba do Sul

Acervo - Lidia M. Pereira



O paradoxo de nosso tempo na história é que temos edifícios cada vez mais altos,
porém a tolerância cada vez mais baixa;

Estradas mais largas, porém, pontos de vista mais estreitos;

Gastamos mais, porém temos menos;

Compramos mais, porém desfrutamos menos;

Temos casas maiores e famílias menores;

Mais comodidades, porém menos tempo;

Temos mais títulos, porém menos sentido;

Mais conhecimento, porém menos juízo;

Mais "experts", porém mais problemas;

Mais medicina, porém menos bem estar;

Temos multiplicado nossas posses, porém reduzido nossos valores.

Falamos muito, amamos muito pouco e odiamos demais.

Temos aprendido a ganhar a vida, porém não ganhar para a vida;

Temos agregado anos à vida, não vida aos anos.

Temos ido à lua e regressado, porém temos problemas para cruzar a rua e encontrarmos com nosso novo vizinho.

Temos conquistado o espaço exterior, porém não o espaço interior.

Temos limpado o ar, porém contaminado a alma,

Temos desintegrado o átomo, porém não nosso preconceito.

Temos aumentado em quantidade, porém diminuído em qualidade.

Estes são tempos de homens altos, de caráter curto,

De ganhos enormes e relações escassas.

Estes são tempos de paz mundial, porém de guerra doméstica,

Mais ócio, porém menos diversão,

Mais tipos de comida, porém menos nutrição

Estes sao os dias de dois ingressos, porém maior divórcio, de casas mais luxuosas, porém lares mais quebrados.

É um tempo em que há muito na vitrine e nada no depósito;

Um tempo em que a tecnologia através do computador pode fazer chegar essa mensagem até você,

E um tempo em que pode escolher mudar ou simplesmente...

Apertar a tecla deletar.


(desconheço a autoria)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Celebracao de cinquenta anos do Santuario

O Santuário de São Bom Jesus do Matosinhos ,celebra os 50 anos da sua fundação

e convida aos munícipes de Paraíba do Sul e adjacências .

Imagem do rio Paraiba do Sul

(acervo - Lidia M. Pereira)

Programação:

Dia 29 de maio - Sexta-feira

Ás 18:30 - Oração do terço

Ladainha do Bom Jesus de Matosinhos

Ás 19:00 - Santa Missa

Pregação sobre Nossa Senhora - Benção do Santíssimo Sacramento

Dia 30 de Maio - Sábado

Ás 18:30 - Momento Mariano - Oração do Terço

19:00 - Procissão com a imagem de Nossa Senhora. (trazer velas)

19:30 - Santa Missa - Coroação e Noite Cultural

Dia 31 de Maio - Domingo

Ás 9:00 Carreata com as Imagens do Bom Jesus e Nossa Senhora

Local de Saída : Jardim Velho em Paraíba do Sul

10:30 - Chegada da carreata

Ás 11:00 Santa Missa presidida por Dom Filippo Santoro.

Benção Papal

Indulgência, Benção dos objetos de Devoção. Agradecimentos.

12:30 - Delicioso almoço no Restaurante da Igreja

15:00 - Show de Prêmios - Bingo

Cartelas Com 09 Rodadas

10,00 Reais

01. Prêmio:

01.* Batedeira de bolo

02. Prêmio

01 *Ventilador

03. Prêmio

01.*Jogo de Panela

04.* T.V de 20°

05.* Prêmio - Sanduicheira

06.* Prêmio - Cafeteira

07.*Prêmio - Fogão de 04 bocas

08.* Prêmio - Bicicleta de 18 Marchas

09.* Fusca Branco - Ano 83


Horário de Ônibus

Empresa Progresso

- saindo da cidade de Três Rios - 09:00 e 13:00 Horas

Empresa Werneck

- saindo da cidade de Paraíba do Sul - 09:30 - 12:00 e 14:00 Horas

* ônibus saindo de Rio Manso pasando por Sardoal e Membeca as 09:00 horas

(obs.) O pessoal de Sertão do Calixto - esperar em Membeca)

Ônibus saíndo de Sebollas ás 09:00 horas

Abra os olhos



Abra os olhos para ver as coisas como realmente são
Basta apenas acreditar em você mesmo.
Considere as coisas por vários ângulos.
Desistir e entregar-se, jamais.
Entenda a si mesmo para entender,melhor os seus semelhantes
Família e amigos são tesouros escondidos, procure encontrá-los e
desfrutar de suas riquezas.
Ganha mais quem faz e doa mais do que planejou.
Hoje aproveite a vida. O ontem já passou e o amanhã pode nunca chegar
Ignore aqueles que lhe tentam desencorajar.
Já chegou a hora de agir. Faça. Haja.
Know-how para conseguir: Continue tentando, sem se importar quão duro
possa parecer, pois aos poucos tudo ficará mais fácil.
Leia, estude e aprenda sobre tudo o que é importante na sua vida.
Mais do que tudo, queira seus sonhos.
Nunca minta, trapaceie ou roube enquanto persegue uma boa meta.
Obtenha mais paz e harmonia evitando fontes, pessoas, lugares, coisas
e hábitos negativos.
Prática leva a perfeição.
Quem desiste nunca vence e os vencedores nunca desistem.
Ressalte e defina seus objetivos e vá em direção a eles.
Sonhos: apegue-se a eles.
Tome e assuma o controle de seu próprio destino.
Uma boa atitude: pare de adiar.
Visualize o que você quer.
Watts: Ponha energia em sua vida.
Acelere seus esforços e faça acontecer.
Xis: o "x" da questão é: você é uma criação única de Deus, nada nem
ninguém pode substituir você.
Zele por sua auto-estima.

A Padaria mais Antiga

Uma equipe de arqueólogos norte-americanos, descobriu os restos do que deve ser a padaria mais antiga do mundo usada pelos egípcios para produzir o "pão do sol", que ainda é feito nos dias de hoje.
O secretário-geral do Archaeological Higher Council, Zahi Hawas, disse que arqueólogos estiveram cavando em Gizeh quando acharam o que foi, em 3000 a.C., uma padaria variada e funcional.
De acordo com a descoberta mostra que fazendeiros nas vilas rurais do Egito ainda usam os mesmos métodos para fazer pão de milhares de anos atrás.
A equipe, liderada pelo arqueólogo Mark Lener, encontrou bandeijas e ferramentas usadas para fermentar a massa.
Também foram descobertos armários onde se armazenavam grãos.
Especialistas na história do Egito disseram que os egípcios eram bem-sucedidos produtores de levedo durante a Antiga Dinastia (2686 a 2181 a.C.), e o usavam para fazer bebidas alcoólicas e 12 tipos de pães e bolos.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Joao da Cruz e Souza

João da Cruz e Souza , nasceu em 21 de novembro de 1861 em Desterro, hoje Florinaopolis, Santa Catarina. Seu pai e sua mãe, negros puros, eram escravos alforriados pelo marechal Guilherme Xavier de Sousa. Ao que tudo indica o marechal gostava muito dessa família pois o menino João da Cruz recebeu, além de educação refinada, adquirida no Liceu Provincial de Santa Catarina, o sobrenome Sousa.
Apesar de toda essa proteção, Cruz e Souza sofreu muito com o preconceito racial. Depois de dirigir um jornal abolicionista, foi impedido de deixar sua terra natal por motivos de ordem racial.
Algum tempo depois é nomeado promotor público, porém, é impedido de assumir o cargo, novamente por causa da sua cor. Ao transferir-se para a cidade do Rio de Janeiro , sobreviveu trabalhando em pequenos empregos e continuou sendo vítima do preconceito.
Em 1893 casa-se com Gravita Rosa Gonçalves, que também era negra e que mais tarde enlouqueceu. O casal teve quatro filhos e todos faleceram prematuramente, o que teve vida mais longa faleceu quando tinha apenas 17 anos. Cruz e Souza morreu em 19 de março de 1898 na cidade mineira de Sítio, vítima de tuberculose. Suas únicas obras publicadas em vida foram Missal e Broquéis. Cruz e Souza é, sem sombra de dúvidas, o mais importante poeta Simbolista brasileiro, chegando a ser considerado também um dos maiores representantes dessa escola no mundo. Muitos críticos chegam a afirmar que se não fosse a sua presença, a estética Simbolista não teria existido no Brasil. Sua obra apresenta diversidade e riqueza. De um lado, encontram-se aspectos noturnos, herdados do Romantismo como por exemplo o culto da noite, certo satanismo, pessimismo, angústia morte etc. Já de outro, percebe-se uma certa preocupação formal, como o gosto pelo soneto, o uso de vocábulos refinados, a força das imagens, etc.
Em relação a sua obra, pode-se dizer ainda que ela tem um caráter evolutivo, pois trata de temas até certo ponto pessoais como por exemplo o sofrimento do negro e evolui para a angústia do ser humano.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Casarao numero 119

Casarões do Período Áureo do Café

Casa residencial térrea, situada a rua Coronel Moreira Cézar - bairro Lavapés. Local de saída da cidade de Paraiba do Sul , desde o traçado do "Caminho Novo" em direção a Minas Gerais.
Construída provavelmente em fins do século XVIII, período de transição dos partidos arquitetônicos que já utilizavam um tipo de construção urbana, com fachada principal fronteira á rua.
Ao longo dos anos, sua arquitetura original sofreu várias interferências em seu interior, sem contudo desfigurar seus elementos originais da fachada principal.
As jenelas fronteiras á rua possuem acabamento em pedra lavrada e suas laterais, com colunas de sustentação , arrematadas com detalhes que seguem a antiga técnica das construções portuguesas.
Devemos resaltar que todo o calçamento frontal da propriedade possui pedras originais da época, fato este preservado por seus atuais proprietários.

(Propriedade particular)

Prefeitara Municipal de Paraiba do Sul




Poema de Angola Agostinho Neto


(imagem by - lidia machado)


Não basta que seja pura e justa
a nossa causa
É necessário que a pureza e a justiça
existam dentro de nós.

Dos que vieram
e conosco se aliaram
muitos traziam sobras no olhar
intenções estranhas.

Para alguns deles a razão da luta
era só ódio: um ódio antigo
centrado e surdo
como uma lança.

Para alguns outros era uma bolsa
bolsa vazia (queriam enchê-la)
queriam enchê-la com coisas sujas
inconfessáveis.

Outros viemos.
Lutar pra nós é ver aquilo
que o Povo quer
realizado.
É ter a terra onde nascemos.
É sermos livres pra trabalhar.
É ter pra nós o que criamos
Lutar pra nós é um destino -
é uma ponte entre a descrença
e a certeza do mundo novo.

Na mesma barca nos encontramos.
Todos concordam - vamos lutar.

Lutar pra quê?
Pra dar vazão ao ódio antigo?
ou pra ganharmos a liberdade
e ter pra nós o que criamos?

Na mesma barca nos encontramos
Quem há-de ser o timoneiro?
Ah as tramas que eles teceram!
Ah as lutas que aí travamos!

Mantivemo-nos firmes: no povo
buscáramos a força
e a razão

Inexoravelmente
como uma onda que ninguém trava
vencemos.
O Povo tomou a direção da barca.

Mas a lição lá está, foi aprendida:
Não basta que seja pura e justa
a nossa causa
É necessário que a pureza e a justiça
existam dentro de nós

Agostinho Neto

Casarao do Jatoba

Casarões Representativos do Período Áureo do Café

Construída em centro de terreno da Chácara Jatoba, porém não possui data de sua construção. Sua única referência é de 1887, de um jornal da época, sobre
uma elegante recepção oferecida pelo seu proprietário, Sr° Rufino Furtado de Mendonça, advogado , que por volta de 1860 estabeleceu-se em Paraíba do Sul , trabalhando em nossa comarca.
O segundo proprietário foi Pedro Antônio Ataújo e Silva que viveu no local até sua morte em 1899.
Mais tarde a Chácara foi adquirida pela família do Monsenhor Aquiles de Melo, pároco de nossa cidade até 1932.


Dados fornecidos pelo historiador Sr° Arnoud Pierre

Propriedade Particular